Pouco antes de o pelotão chegar à Ponte Gran Belt na etapa de sábado, a câmara do helicóptero que filma a Volta a França captou imagens de Stefan Kung (Groupama-FDJ) a discutir e importunar o português Rúben Guerreiro (EF Education-EasyPost).
Nas filmagens vemos claramente o suíço a recriminar o luso e após uma troca de palavras, Kung mexeu no capacete do português algumas vezes como forma de agressão.
Guerreiro respondeu verbalmente e afastou a mão de Kung. Aparentemente o episódio ficou sanado nesse instante, mas após a etapa a UCI anunciou que sancionou Kung por este gesto (lembramos que a prova é transmitida para mais de 100 países e que não é tolerado qualquer tipo de comportamento anti-desportivo).
Embora no início se pensasse que Kung seria expulso, a UCI esclareceu que a sanção implica o pagamento de 500 francos suíços e a retirada de 20 pontos UCI à equipa (Groupama-FDJ).
Entretanto, Rúben Guerreiro já veio a público dizer que se dá bem com o suíço e que o episódio não teve grandes consequências: "É algo normal numa prova".
O próprio Kung mais tarde retratou-se e referiu que: "Quando acabou a etapa pedimos desculpa e ficou tudo bem. Devemos ter calma, porque vamos estar a competir durante mais 19 dias e não deve haver ressentimentos".
Rúben Guerreiro foi parco em palavras, por isso foi o suíço a esclarecer o episódio, do seu ponto de vista: "Eu estava ao lado do Rúben e como estava perto outro companheiro seu, ele não gostou que eu me colocasse no meio. Depois ele disse alguns palavrões e foi nessa altura que o agarrei e disse que olhasse em frente".
"Há sempre dois lados da história. Viram-me a agarrar o capacete, mas todas as palavras «bonitas» que me disse ou a água do bidon na minha cara ninguém reparou. São coisas que acontecem constantemente. Percebo que a UCI me deve multar, mas insisto que o gesto não foi violento nem nada que se pareça", rematou Kung.