A belga Lotte Kopecky (SD Worx-Protime) ganhou a 4ª edição da Paris-Roubaix disputada entre Denain e Roubaix, num percurso com 148,5 km. Foi a primeira vez na história que uma ciclista ganhou o "Inferno do Norte" com a camisola de campeã do mundo.
A vitória foi decidida entre um grupo de seis ciclistas, tendo Kopecky sido a vencedora após 3h47m14, a uma média de 39,2 km/h, seguida pela italiana Elisa Balsamo (Lidl-Trek) e pela britânica Georgi Pfeiffer (DSM).
Foi uma grande vitória da ciclista de 28 anos, atual campeã do mundo, a qual soma 39 vitórias no seu palmarés, entre elas dois Tour de Flandres e duas edições da Strade Bianche.
A prova ficou marcada por algumas quedas e por uma velocidade média elevada. Uma das que sofreu uma queda foi a vencedora de 2023, Alison Jackson. No entanto, as veleidades só começaram realmente quando faltavam 86 km para a meta, no primeiro setor empedrado.
Foi nessa altura que as estratégias das equipas começaram a funcionar. Sensivelmente a 49 km da meta, ficaram na cabeça de corrida Kopecky, Vos e Pfeiffer, mas perto de Mons-en-Pévèle (um sector de 3km) foram apanhadas.
Após estes primeiros ataques, um grupo de 25 ciclistas tinha possibilidades de discutir a corrida. Por exemplo, a SD Worx tinha Kopecky e Wlebes, a Visma tinha três corredoras, incluindo Marianne Vos e a Lidl-Trek outras três, com Balsamo e Lucinda Brand.
Os ataques iam-se sucedendo, deixando na cabeça de corrida 6 ciclistas, numa fase que antecedia o lendário Carrefour de l´Arbre (2.1 km de empedrado), a 17 km da meta: Kopecky, Vos, Balsamo, Van Dijk, Kraak e Pfeiffer.
A chegada ao velódromo de Roubaix deixou tudo em aberto. Van Dijk lançou Balsamo, na sua roda seguiu Vos, mas por fora Kopecky acelerou e ganhou, para contentamento dos seus fãs.