Competição

Jogos Olímpicos: Paris rende-se a Remco Evenepoel

Evenepoel fez uma exibição espetacular, ganhando a medalha de ouro na prova em linha dos Jogos Olímpicos de 2024. A medalha de prata foi para Madouas e a de bronze para Laporte. Quanto aos portugueses, Nelson Oliveira foi 33º e Rui Costa 46º.

CICLISMOAFONDO.ES / EFE. FOTOS: SPRINT CYCLING AGENCY

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Paris rende se a Remco Evenepoel

Uma semana após se sagrar campeão olímpico de contrarrelógio, o belga Remco Evenepoel voltou a fazer história ao ganhar também a prova em linha, uma dobradinha inédita na história da modalidade. Esta corrida de 273 km esteve cheia de peripécias que merecem ser contadas.

O belga é claramente um dos ciclistas mais fortes do mundo e nem mesmo um furo a 3,5 km da meta conseguiu estragar os seus planos, que eram sagraR-se campeão olímpico e do mundo de estrada e de contrarrelógio. 

O belga completou o percurso em 6h19m34, tendo o segundo classificado, Valentin Madouas, ficado com a medalha de prata (cortou a meta a 1m10) e Christophe Laporte com a de bronze (a 1m16). 

Quanto aos portugueses, o melhor foi Nelson Oliveira, em 33º lugar e Rui Costa (que sofreu um furo numa fase decisiva) foi 46º.

UMA FUGA EXÓTICA

A prova teve 90 participantes e o percurso tinha 13 subidas e 2.800 metros de acumulado. Não faltou a habitual fuga exótica de ciclistas pouco conhecidos que querem mostrar a camisola do seu país. Estiveram nessa fuga representantes das Ilhas Maurícias, Tailândia, Marrocos, Uganda e Ruanda. A meio da prova juntou-se a este quinteto o italiano Viviani, os irlandeses Mullen e Helay, bem como Lutsenko. 

EVENEPOEL PROVOCA O PRIMEIRO "ABANÃO" NA CORRIDA

Os irlandeses tentaram atacar de longe, metendo na fuga os seus dois corredores, mas sem sucesso. Evenepoel foi o primeiro a fazer um ataque realmente potente e foi nessa altura que soaram os alarmes.

A partir desse momento, a corrida ficou completamente partida e desorganizada. Healy e Lutsenko resistiram com coragem à tentativa do grupo principal. 

Mas todos sabiam que a tripla subida a Montmartre (1 km a 6,5%) com o seu empedrado poderia fazer a diferença, logo seguida de uma descida estreita e técnica.

A Bélgica tomou o comando das operações nas estradas parisienses com Benoot a dar tudo na perseguição, enquanto Pedersen, um dos favoritos, perdeu o comboio devido a um furo. 

VAN DER POEL ATACA E EVENEPOEL RESPONDE

Na subida de Montmartre Mathieu Van der Poel atacou. O campeão do mundo arrancou e na sua roda seguiram Van Aert, Alaphilippe, Jorgenson e Skujins, um quinteto perigoso. 

Os belgas não se conformaram com esta situação, apesar de terem Van Aert nesse grupo. Evenepoel teve de anular essa fuga na parte plana e atacou pouco depois, formando outro grupo. 

O ritmo de Evenepoel era alto e Van der Poel teve de gastar todas as energias na segunda subida a Montmartre.

SUSTO FINAL E DOBRADINHA QUE FICARÁ PARA A HISTÓRIA

Remco só levou na sua roda Madouas. O campeão olímpico de contrarrelógio queria mais uma medalha e deu tudo o que tinha. A 18 km da meta os perseguidores eram Laporte, Jorgenson, Kung, Healy e Haller, mas estavam a um minutos e a 1m20 estava o grupo de Van der Poel.

A 15 km da meta, o belga adotou uma posição de contrarrelógio e impôs o seu ritmo demolidor, sem ninguém na sua roda. 

Aos 24 anos, o ciclista da Quick Step cortou a meta isolado e pousou para a fotografia, digna de um postal. Antes, ainda sofreu um furo, que o deixou em pânico, mas tinha vantagem suficiente para ganhar. 

CLASSIFICAÇÕES

 

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