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Giro: Paret-Peintre ganha em Lago Laceno após uma fuga consentida e Leknessund veste a camisola rosa

Como referimos ontem, hoje provavelmente teríamos alterações nos primeiros lugares da classificação geral e isso concretizou-se, com a mudança de líder. A vitória na etapa foi consentida pelo pelotão, após uma fuga de sete elementos. 

Carlos Pinto / Foto: Sprint Cycling Agency

Paret Peintre ganha em Lago Laceno após uma fuga consentida e Leknessund veste a camisola rosa
Paret Peintre ganha em Lago Laceno após uma fuga consentida e Leknessund veste a camisola rosa

Hoje os ciclistas tiveram de enfrentar as primeiras montanhas na Volta a Itália. Na ligação de 175 km entre Venosa e Lago Laceno, todos sabiam que era inevitável surgirem as primeiras movimentações e com a perigosidade acrescida provocada pela chuva, os diretores desportivos dos candidatos à vitória final avisaram os seus pupilos que nestas etapas iniciais não valia a pena correr riscos desnecessários.

Foi também por isso que uma fuga de sete elementos foi consentida, havendo uma alteração na classificação geral. Remco Evenepeol perde a camisola rosa, mas por outro lado não obriga os seus colegas de equipa a riscos e a trabalhos desnecessários (a controlar a corrida) e evita ele próprio a uma perda de tempo diária em entrevistas, pódios, etc. 

Esta quarta etapa foi muito intensa, dura e com um ritmo muito elevado desde o início. João Almeida resguardou-se o máximo que conseguiu e a certa altura (não sabemos se por má colocação, se por necessidades fisiológicas) ficou para trás, mas conseguiu reentrar novamente no grupo principal.

Quanto à fuga do dia, só se formou ao quilómetro 80. Dos integrantes, dois - Aurélien Paret-Peintre (AG2R Citroën) e Andreas Leknessund (TEam DSM) - destacaram-se na parte final da subida a Colle Molella (9,7 km a 6,2%), a sensivelmente 4 km do final, numa altura em que o pelotão nem sequer estava em perseguição. Esta fuga consentida foi até final, no Lago Laceno. 

Não houve sprint. O norueguês já tinha assegurado a vitória e estava visivelmente cansado, por isso nem sequer respondeu ao ataque do francês que, aos 27 anos, soma a sua terceira vitória como ciclista profissional. Leknessund (23 anos), foi duas vezes campeão nacional de contrarrelógio e campeão da Europa sub23 em CRI em 2020, obtendo agora o maior triunfo da sua carreira: a liderança na Volta a Itália. 

A Lotto-Soudal não se importou de perder a camisola rosa. A Volta a Itália é extensa e como todos sabem, é esgotante controlar a corrida todos os dias. Pode ser que na sexta feira ou eventualmente no domingo (no contrarrelógio de 35 km) as coisas mudem de figura. Mas, como confessou há poucos minutos Remco Evenepoel, "o objetivo era ceder a camisola rosa"

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Na geral, Andreas Leknessund tem 28 segundos de vantagem sobre Remco Evenepoel. Paret-Peintre está em terceiro, a 30 segundos, em quarto está João Almeida a 1 minuto, Primoz Roglic está a 1m12, seguindo-se Geraint Thomas e Aleksandr Vlasov (ambos a 1m26). 

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