A 17ª etapa da Volta a França decorreu entre Bolléne e Valence (160,4 km), sendo a última oportunidade clara para os sprinters, dado que além de duas etapas de alta montanha nos Alpes, só restam uma etapa ideal para uma fuga e a jornada final em Paris, com a tripla passagem pela subida de Montmartre, que dificilmente será ideal para velocistas.
Perante este panorama, as equipas dos sprinters, em especial a Lidl-Trek de Jonathan Milan, não estavam dispostas a desaproveitar a oportunidade e atuaram consoante as circunstâncias durante toda a etapa, com Quinn Simmons a fazer um espetacular trabalho de perseguição a uma fuga que levou o pelotão ao limite. Jonas Abrahamsen, Vincenzo Albanese, Quentin Pacher e Mathieu Burgaudeau resistiram ao máximo, mas a 4 km da meta o norueguês da Uno-X foi neutralizado, seguindo-se um final tenso e perigoso devido às rotundas e piso molhado devido à chuva.
No último quilometro, aconteceu uma queda que levou ao chão uma dezena de ciclistas (Biniam Girmay e Cyril Barthe foram os mais afetados) e vários sprinters perderam o contato com o pelotão, entre eles Tim Merlier, Dylan Groenewegen, Kaden Groves, entre outros.
💥¡Qué final!
— Teledeporte (@teledeporte) July 23, 2025
🌧️Caída que reduce el sprint final y victoria de etapa para Jonathan Milan#TourRTVE23j #TDF2025
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No meio de tanto caos, Jonathan Milan conseguiu manter a calma e sprintou vigorosamente, batendo Jordi Meeus, Tobias Lund Andresen e Arnaud de Lie. É a sua segunda vitória neste Tour e a oitava da temporada para o italiano da Lidl-Trek, que consolida a liderança na classificação dos pontos.
Na classificação geral não há alterações nos lugares cimeiros, portanto, Pogacar é líder com 4m15 de vantagem sobre Jonas Vingegaard.
Amanhã será a primeira grande etapa alpina, com três subidas de Categoria Especial e meta no temível Col de Loze (26,4 km a 6,5%). No total os ciclistas vão enfrentar 171,5 km e 5.400 metros de desnível, uma brutalidade só mesmo ao nível do Tour. Primeiro, os ciclistas vão subir o Glandon (21,7 km a 5,1%), depois o Col de la Madeleine (19,2 km a 7,9%) e o Col de la Loze, a 2.304 metros de altitude. Foi nesta subida que em 2023 Pogacar viveu um dos seus dias mais negros.
CLASSIFICAÇÕES
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