O calendário de ciclismo está a ser reestruturado, com o objetivo de tentar angariar mais patrocinadores e reduzir o impacto ambiental devido às viagens constantes entre diferentes países.
Por enquanto, nem a Volta a Itália, nem a Volta a França e Volta a Espanha serão afetadas, mas as clássicas, sobretudo a Paris-Roubaix, poderão ser as mais afetadas já em 2026. "Fomos obrigados a recalendarizar o Tour de Flandres e a Paris-Roubaix devido à pandemia e o público respondeu de uma forma fantástica. Não digo que tenhamos de o fazer novamente, mas é algo que não está descartado", referiu um dos responsáveis máximos da UCI.
Um dos motivos principais para esta alteração é a redução das emissões de carbono em 50%, um objetivo que deve ser cumprido até 2030, tanto nas equipas como nos organizadores. David Lappartient acredita que com veículos elétricos e evitando fazer grandes deslocações, conseguirão atingir este objetivo.
“Em vez de ir cinco ou seis vezes por ano a um país, devemos fazê-lo num período mais concentrado. É absolutamente necessário evitar ir aos Países Baixos, depois ir logo para o sul de Espanha e depois ir para a Inglaterra. O timming das clássicas do norte é magnífico porque os ciclistas estarão em Flandres durante três semanas e não terão de se deslocar. É bom para todos", explicou o responsável máximo da União Ciclista Internacional.