A sexta etapa da Volta a Portugal ligou a cidade das bicicletas, Águeda, à cidade mais alta de Portugal, Guarda. Num traçado quebra pernas e marcado pelo muito calor e por menos público do que o habitual, surgiram vários ataques, mas o pelotão controlou sempre as hostilidades, comandado quase sempre pela Anicolor-Tien 21.
Na chegada à Guarda, uma fuga ainda tentou a sua sorte, mas o forte ritmo do pelotão, sobretudo de Rafael Reis, neutralizou os fugitivos quase na subida final e numa tentativa de surpreender, vários ciclistas que estavam no pelotão tentaram lutar com todas as suas forças nos metros finais.
O australiano Bradly Gilmore (Israel Cycling Academy) foi o mais forte, com Raul Rus (Radio Popular-Paredes-Boavista) no segundo posto e Jesus Peña (AP Hotels & Resorts-Tavira) em terceiro. Artem Nych (Anicolor-Tien 21) foi quarto.
O dia também ficou marcado pela desistência de Liangel Linarez, da Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua, ciclista que já tinha caído, e Liam Flanagan (Team Skyline).
Amanhã será uma etapa decisiva entre Sabugal e Covilhã (179,3 km). Embora durante os primeiros 150 km a etapa tenha uma orografia acessível, o pelotão vai entrar na alta montanha, mais precisamente pela vertente da Covilhã, uma das mais difíceis. Os ciclistas vão subir pelas Penhas da Saúde em direção à Torre, a única subida de categoria máxima na prova.
O colombiano Jesus Peña já disse que tudo vai fazer para ganhar tempo ao russo na subida à Torre, sabendo de antemão que Nych é muito forte no contrarrelógio. Será que Nych conseguirá vencer ou será ultrapassado por Peña? E será que Alexis Guerin, co-líder da equipa de Rúben Pereira, poderá ser o trunfo da Anicolor-Tien 21 nesta jornada? Veremos...