A corrida de juniores masculinos de cross country olímpico teve em Artur Mendonça o melhor corredor a defender as cores portuguesas. Partindo com o dorsal 57, o algarvio foi ganhando posições, colocando-se na órbita do top 30. Mas uma segunda metade de prova menos bem conseguida, que incluiu algum défice físico e uma queda, levou Artur Mendonça a perder alguns lugares.
O corredor português foi o 45.º a cortar a meta, gastando mais 7m29s do que o vencedor, o alemão Paul Schehl, que controlou a corrida para conquistar a medalha de ouro com uma margem de 18 segundos sobre o segundo classificado, o suíço Jan Christen. O terceiro, a 24 segundos, foi o francês Paul Magnier. Guilherme Barros nunca se encontrou, terminando a prova em 92.º, a uma volta do vencedor.
Íris Chagas envergou as cores de Portugal na prova de XCO referente às juniores femininas. A corredora portuguesa partiu da última fila da linha de saída e fez uma corrida sempre em progressão. Terminou no 41.º lugar, entre 62 participantes, com mais 11m55s do que a suíça Monique Halter, que triunfou em solitário. No segundo lugar ficou a compatriota Lea Huber, a 1m16s, e a polaca Natalia Grzergorzewska fechou o pódio, a 1m26s.
“A Íris fez uma corrida dentro dos objetivos que estavam definidos, mas considero que, com mais trabalho, é capaz de ir ainda mais além. A prova masculina correu muito mal. O Guilherme Barros nunca se encontrou. O Artur Mendonça começou forte – talvez demasiado forte -, e depois foi decaindo de rendimento, sendo ainda perturbado por uma queda”, lamenta o selecionador nacional, Pedro Vigário.
Ontem foi também dia de qualificação na disciplina de Downhill (DHI). Portugal conseguiu o apuramento de três dos seus quatro representantes para as finais, que vão disputar-se no sábado.
Na categoria de elite, Gonçalo Bandeira conseguiu o 27.º registo na descida, com 3’35’’214, mais 9,140 segundos do que o mais rápido, o francês Benoit Coulanges. Já Vasco Vasconcelos foi o 97.º, a 37,712 segundos do melhor, ficando fora da final.
Os dois juniores nacionais conseguiram a qualificação. Henrique Ferreira foi 54.º, com 4’07’738, a 36,377 segundos do britânico Jordan Williams, que estabeleceu a melhor marca. Matias Camacho foi 57.º, a 39,230 segundos.
“Os nossos juniores, que ainda são de primeiro ano e que nunca tinham estado presentes numa corrida com este nível, cumpriram integralmente aquilo que era a nossa meta para a sua estreia, o apuramento para a final. O mesmo fez o Gonçalo Bandeira, com um resultado muito bom, no top 30, o que nos abre boas perspetivas para a final”, entende Pedro Vigário.
Nesta sexta-feira não haverá provas com portugueses, que regressam à competição no sábado, dia das finais de DHI. Os juniores vão competir às 8h30 e os corredores de elite às 13h35.