O ciclista português completou os 29,9 km em 39’07’’26, mais 2’24’’56 do que o espanhol Iván Romeo, que conquistou o título mundial com 36’42’’70. António Morgado esteve melhor na subida do percurso e também nos derradeiros dez quilómetros, totalmente a rolar. Onde o português esteve menos bem foi nas partes mais técnicas, algumas viragens na fase inicial e as descidas mais técnicas.
Esse desempenho ficou patente nos tempos intermédios de António Morgado. No primeiro ponto intermédio, que incorporava parte da subida, Morgado foi o 17.º mais rápido. No setor intermédio, que incluía as descidas tecnicamente mais exigentes, o corredor da Seleção Nacional foi o 24.ª entre os 69 participantes. Já no trecho completamente plano, que encerrou a corrida, António Morgado foi 18.º. Contas feitas, acabou na 23.ª posição, melhorando o 27.º lugar de 2023.
“O António Morgado tem potencial para fazer melhor, mas precisa de trabalhar a disciplina de contrarrelógio. Com a qualidade que tem, o potencial de melhoria é imenso. A participação no Campeonato do Mundo, sendo sempre com o objetivo de conseguirmos o melhor resultado possível, serve também para percebermos o caminho que falta percorrer”, considera o selecionador nacional, José Poeira.
“As sensações não foram as melhores. Onde me senti melhor foi na subida e já na parte final. Não sendo o contrarrelógio o meu principal objetivo, não arrisquei nas descidas, até porque a estrada ainda estava muito molhada quando parti. Agora é continuar a trabalhar para a prova de fundo, na sexta-feira”, comentou António Morgado.
Nas contas do pódio, Iván Romeo teve a companhia do sueco Jakob Söderqvist, a 32,05 segundos, e do suíço Jan Christen, a 40,68 segundos.