Embora o seu contrato com a equipa DSM ainda estivesse válido por mais uma temporada, o belga Ilan Wilder vai representar em 2022 e 2023 a formação Deceuninck-Quick Step. Isto será possível graças ao acordo a que as duas equipas chegaram para que o ciclista fosse libertado com efeito imediato do seu atual contrato e possa regressar às sua raízes belgas.
A notícia foi confirmada pela própria Deceuninck-Quick Step e, embora não sejam fornecidos detalhes do contrato, esta transferência envolve o pagamento de uma quantia monetária como compensação à DSM. Desta forma, acaba a disputa contratual que existia entre Ilan Wilder e a equipa alemã. Lembramos que o belga já tinha manifestado a sua intenção de sair da equipa, especialmente depois de ter ficado fora dos oito selecionados para a Volta a Espanha, chegando mesmo a ameaçar rescindir o contrato de forma unilateral. Tudo indicava que seria resolvido judicialmente, mas finalmente foi anunciada esta solução.
Van Wilder tem 21 anos e é claramente apontado como uma das grandes promessas do ciclismo belga. É um ciclista completo, um grande contrarrelogista e tem o perfil ideal para as Grandes Voltas. Em 2020 assinou o seu primeiro contrato profissional com a DSM (válido por três anos), depois de se ter destacado como amador (em 2019 acabou em 3º o Tour de Porvenir, atrás de Tobias Foss e Giovani Aleotti).
Esta temporada (2021), foi 10º na Semana Coppi e Bartali, 29º na Itzulia, 16º na Volta à Romandia (acabando em 4º no contrarrelógio final), e também se destacou no contrarrelógio do Criterium du Dauphiné (foi 5º), tendo ficado em 4º no Campeonato belga de contrarrelógio, tendo sido batido por três dos melhores especialistas do mundo: Lampaert, Evenepoel e Campenaerts.
Ilan Van Wilmer une-se assim ao lote de ciclistas que abandonaram a equipa alemã (Sunweb/Team DSM) antes de os seus contratos acabarem, e que inclui nos últimos tempos ciclistas de relevo como Tom Dumoulin, Michael Matthews e Marc Hirschi.