O ciclista esloveno Tadej Pogacar (UAE Team Emirates), vencedor (por duas vezes) da Volta a França, referiu recentemente numa entrevista que as suspeitas de doping de que tem sido alvo o deixam triste. O seu desempenho na Volta a França deste ano, considerado "de um nível fora do normal" por alguns analistas de dados fizeram correr muita tinta, mas Pogacar foi peremptório: "Treinamos muito, deixamos de lado muitas coisas na nossa vida para estar ao mais alto nível e fazemos muitos sacrifícios, por isso as suspeitas magoam".
Nesta entrevista, salientou que 2021 tem sido o seu melhor ano até agora, mas que isso não significa que "seja melhor do que os outros ciclistas. Foi uma temporada longa, mas disfrutei ao máximo."
O jovem ciclista de 23 anos, tal como referiu à entrevista cedida à revista Ciclismo a fundo, confessou sentir pressão, mas diz que consegue convertê-la em algo positivo. "Eu pressiono-me a mim próprio, mas acho que isso é positivo. Uso essa pressão para me manter motivado", ressalvou.
Quanto à próxima temporada, o corredor nascido em Komenda, na Eslovénia, disse que provavelmente o seu calendário será focado na Volta a França e terá o apoio de George Bennet, Pascal Ackerman e Marc Soler, mas também Brandon McNulty, Rafa Majka, Marc Hirschi, Davide Formolo e Mikkel Bjerg como núcleo central.
Por seu lado, João Almeida deverá ser a aposta da equipa na Volta a Itália, por isso tanto Pogacar como Almeida serão os dois principais ciclistas da formação dos Emirados.
Apesar de ter um contrato de cerca de 6 milhóes de euros válido até 2027, vive atualmente num pequeno apartamento no Mónaco e diz que o dinheiro não é uma prioridade.