Após a oitava etapa da Volta a França do ano passado, Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) já tinha uma diferença de cinco minutos face a Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), enquanto este ano são só 39 segundos.
Esta é uma prova inequívoca de que as forças estão muito mais igualadas e de que "Pogacar continua a ser o grande favorito para o Tour, mas não é imbatível". Esta é a opinião de Johan Bruyneel, ex-ciclista e ex-diretor desportivo.
Bruyneel deu um exemplo: "em La Planche des Belles Filles, Pogacar passou bastante mal quando Vingegaard o levou ao limite, apesar de conseguir reentrar para ganhar a etapa".
Por isso, o belga está convencido de que "Jonas Vingegaard vai ser um adversário formidável, vimos isso o ano passado no Mont Ventoux quando deixou Pogacar em maus lençóis e certamente vai melhorar dia após dia".
Para Bruynell, "a UAE Team Emirates cometeu um grande erro em La Planche des Belles Filles. Era a oportunidade ideal para ceder a liderança a um corredor inofensivo com uma boa equipa que pudesse controlar durante algum tempo a corrida, como Lennard Kamna e a BORA".
E rematou "agora eles vão ter de trabalhar e lidar com todas as outras equipas como a Jumbo-Visma e a INEOS Grenadiers. Além disso, acabam de perder um peão muito importante em terreno plano: Vegard Stake Laengen".
Na sua opinião, "o Tour parece um duelo entre Pogacar e Vingegaard, na qual a Jumbo e a INEOS terão de pressionar a UAE e isso significa que homens como Primoz Roglic, Adam Yates ou Daniel Felipe Martínez terão de fazer algo rapidamente".
"Embora nos duelos corpo a corpo seja muito difícil ganhar a Pogacar, nos Alpes e nos Pirenéus haverá ocasiões propícias e nesse aspeto, este promete ser um Tour diferente face ao ano passado", concluiu Johan Bruyneel.