Foi o próprio Derek Gee que deu a conhecer a quantia exorbitante que a equipa Israel-Premier Tech exige pela rescisão unilateral de contrato. Nada mais, nada menos do que 30 milhões de euros.
Segundo o ciclista canadiano, não fez nada que prejudicasse a equipa e apenas defendeu os seus direitos fundamentais como ciclista e como pessoa.
Lembramos que Gee tem 28 anos de idade e após ter terminado a Volta a Itália em quarto lugar, várias fontes referem que o canadiano vai rumar à INEOS Grenadier no próximo ano.
"Gostaria de abordar e esclarecer algumas especulações sobre a minha situação atual, após as recentes declarações que a minha antiga equipa fez (...). Rescindi o meu contrato com uma causa justificada. Não foi tomada de ânimo leve: aconteceu após a minha relação com o diretor se tornar irreparável, além de sérias preocupações com a representação esta equipa, tanto a nível de segurança, como de crenças pessoais, que pesaram muito na minha consciência. Mas o que mais me está a afetar é a forma como, quando se trata de questões humanas, o dinheiro se converter no tema principal. O dinheiro não foi o motivo que me levou a colocar um ponto final no meu contrato. Sair significou assumir o risco de não ter equipa nem proteção caso sofra um acidente sem contrato. É um risco que estava - e continuo a estar - disposto a assumir, já que simplesmente não podia continuar a representar a equipa. Percebo que a equipa veja as coisas de outro prisma, e que a decisão vai ser tomada pelas autoridades competentes; no entanto, agora enfrento aquilo que aparenta ser uma reclamação de danos que supera os 30 milhões de euros, por não ter feito nada mais do que exercer os meus direitos fundamentais como profissional e como pessoa. Estes não são nem os números nem as situações que um atleta espera enfrentar quando sonha converter-se em ciclista profissional, e creio que contradizem os valores que o desporto pretende defender. Estas ações também refletem os mesmos problemas que levaram, em primeiro lugar, à quebra de contrato. Isto reforça a minha convicção de que deixar a equipa foi a decisão correta, independentemente dos recentes anúncios sobre mudanças de imagem e reestruturações internas".