Se há equipa em Portugal que é um exemplo na forma como dá retorno aos seus patrocinadores, é a Fullracing. A estrutura de Carlos Pereira - detentora da equipa profissional de ciclismo EFAPEL - trabalha como nenhuma outra no nosso país, em termos de Marketing, o retorno aos seus patrocinadores e isso é perfeitamente visível nas redes sociais, mas também em ações pontuais de Marketing direto, quer dentro, quer fora de competição.
Com o anúncio da saída da EFAPEL como naming sponsor a partir do final desta temporada, surgiram inúmeros rumores nos bastidores, contudo a maior parte são mentira, como nos assegurou Carlos Pereira. O responsável da Fullracing confirmou que foi atempadamente comunicada a decisão da Efapel e que já tem um novo patrocinador principal para a equipa, o qual será apresentado em breve.
O acordo será válido por cinco anos e é uma entidade que nunca esteve ligada ao mundo do ciclismo, mas Carlos Pereira salientou que será usada na decoração dos veículos da equipa e nos equipamentos a cor tradicional, ou seja, o amarelo/verde flúor.
O responsável pela Fullracing salientou ainda à revista CICLISMO A FUNDO que o balanço que faz da parceria com a Efapel foi muito benéfico, assegurando que foi "um dos melhores patrocinadores que tive na história deste projeto e ao qual estarei eternamente grato por tudo o que deu à modalidade e a este projeto em particular".
Relativamente ao plantel, todos os ciclistas têm contrato válido para a temporada 2022, excepto Fábio Fernandes. Depois de uma Volta a Portugal a todos os níveis inesquecível, o balanço é muito positivo, como confessou o experiente diretor geral: "Foi a melhor Volta a Portugal de sempre desde que tenho este projeto com 26 anos de existência. Contribuímos para criar mais adeptos e para existir emoção até último segundo da Volta".
Quanto à permanência do uruguaio Mauricio Moreira, grande revelação desta temporada, o pai do diretor desportivo da Efapel confirma que o ciclista foi abordado por outras equipas, no entanto renovou até 2024. Esse contrato foi assinado em Março, ainda antes sequer de ter ganho qualquer prova. Pereira salienta que o ciclista tem uma cláusula de rescisão que terá de ser paga em caso de saída, mas assegura: "ele não irá sair".
Como uma equipa profissional de ciclismo é, na atualidade, muito mais do que apenas um projeto desportivo, o retorno mediático é vital. Além disso, a equipa conseguiu ao longo dos anos criar uma legião de fãs que acompanha a equipa, sobretudo na Volta a Portugal. O responsável pela Fullracing faz questão de referir que "o Clube desportivo Fullracing que geriu a marca EFAPEL conseguiu criar uma legião de adeptos ao alcance só de grandes clubes como o Porto, Sporting e Benfica. São adeptos do projeto independentemente da marca que representemos e isto só é possível por termos um grupo de pessoas que trabalha diariamente com paixão pelo ciclismo e por darmos aos patrocinadores e adeptos a importância que eles merecem, pois sem eles nada faz sentido. Uma equipa de ciclismo tem que ter na sociedade um papel muito mais abrangente que simplesmente competição!".