Foi com lágrimas que Evenepoel terminou a sua participação na prova elite dos Campeonatos do Mundo de ciclismo, apesar de ter alcançado a medalha de prata. Neste primeiro Mundial no Continente Africano, o belga pretendia ganhar a prova, após ter vencido a jornada de contrarrelógio, na qual bateu Tadej Pogacar.
"O objetivo era fazer a dobradinha e hoje senti que poderia alcançá-la. Mas tudo tem de estar perfeito para ser campeão do mundo. Em todo o caso, tenho de estar contente com o que consegui. Os Europeus e a Lombardia são os próximos objetivos. No Europeu o nível será bom... e é a única camisola que me falta.", explicou o belga que, a partir do dia 1 de Janeiro de 2026 será o novo chefe de fila da Red Bull-BORA-hansgrohe.
Evenepoel nunca atirou a toalha ao chão e apesar de estar sempre com os nervos à flor da pele, tudo fez para tentar reduzir a vantagem alcançada por Pogacar.
"O destino quis que fosse assim. Antes do Monte Kigali, acertei num buraco e o meu selim desceu totalmente. Estava com problemas na posição. Quando o Tadej atacou, já estava com câibras. Sabia que havia uma bicicleta na zona de abastecimento. Pedi aos meus companheiros para irem o mais rápido possível a esse ponto. Essa mudança de bicicleta foi muito rápida... mas depois tive de mudar novamente de bicicleta porque a minha terceira bicicleta não tinha o selim com a inclicação correta. Em cada quilómetro doía mais, não conseguia seguir assim. Parei e tive de esperar demasiado tempo pelo carro de apoio. Sem intercomunicador, não conseguia falar com o staff. Tentei avisar a moto, mas tudo correu mal".
Após essa segunda alteração de bicicleta, Remco fez uma recuperação espetacular, conseguindo isolar-se no segundo lugar e obter a medalha de prata.