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Canyon apresenta a nova Grail

A marca alemã apresentou a segunda geração da Grail, uma bicicleta de gravel que se destina a competição e que recentemente subiu ao pódio no mundial da especialidade.

Carlos Pinto

4 minutos

Canyon apresenta a nova Grail

Camuflar um protótipo nas provas tornou-se um hábito. E quando ainda por cima isso acontece num Campeonato do Mundo, sendo uma das bicicletas vencedoras, a expetativa criada em torno dessa bicicleta é gigantesca. Foi o caso desta nova versão da Canyon Grail, um modelo que poucos dias antes de ser finalmente apresentada venceu o segundo mundial de Gravel feminino graças a Kasia Niewiadoma, da equipa Canyon SRAM Racing. 

Alguns meses antes também vimos Tifanny Cromwell e Carolin Schiff ganhar algumas provas com esta bicicleta, inclusive a reputada Unbound (Kansas), uma das provas mais importantes nesta disciplina. 

Esta bicicleta inclui o novo guiador integrado, o qual tem um design mais convencional do que o adotado no Hover Bar que tinha duas alturas distintas, e tem uma forqueta com um aspeto mais aerodinâmico bem como espaço de armazenamento no quadro. 

A Canyon pretende ressalvar neste modelo o aspeto mais competitivo, distanciando-a da Grizl que se destina a praticantes de Gravel mais relaxados e aventureiros. 

PEQUENAS DIFERENÇAS, GRANDES CONSEQUÊNCIAS

É inegável: o gravel está cada vez mais profissional e há equipas com estruturas próprias e eventos específicos. É precisamente para este tipo de eventos que esta bicicleta foi desenvolvida, ou seja, para aqueles que treinam e querem manter velocidades médias elevadas, bem acima dos 30 km/h. 

É por isso que a Grail está mais aerodinâmica em todos os aspetos e, segundo dados da marca, poupa 9 watts face à primeira geração. 

Como referimos antes o guiador é novo. Tem uma inclinação na zona das manetes de 5º em direção ao interior e 16º de Flare. Tudo com o objetivo de proporcionar mais controlo e agilidade. 

Tem também um recuo superior de 5º, para uma posição das mãos neutra e natural, reduzindo a pressão nos pulsos e cotovelos. 

Como o objetivo é agradar o maior número de clientes possível, este guiador é compatível com extensores de triatlo, com suportes para GPS e para luzes ou GoPro. 

Embora este guiador esteja incluído em todos os modelos Grail, existe uma versão mais focada na alta competição, que é vendida em separado: CP0037. A principal diferença está na largura (é menos largo entre as manetes, para uma posição ainda mais aerodinâmica e tem um drop mais pronunciado para criar um efeito de avanço invertido). 

Obviamente, de nada serve ter um quadro super aerodinâmico se depois o carregarmos com bolsas ou alforges que dificultam a passagem do ar.

Por isso, a Canyon introduziu neste modelo o Load Down Tube Storage, um espaço de armazenamento com uma bolsa interior que permite guardar as ferramentas essenciais como a bomba de ar, botija de CO2, câmara, desmontas ou multiferramenta. 

Além disso, a Canyon desenvolveu uma bolsa aerodinâmica, a Load Fidlock Quickloader. 

Tem um perfil plano, encaixando perfeitamente na silhueta da bicicleta e fica presa ao quadro graças a três pontos magnéticos FidLock. O mais curioso e vanguardista desta bolsa é que a aerodinâmica da bicicleta melhora quando está instalada, permitindo poupar 1,5 watts de potência. 

UMA QUESTÃO DE NÚMEROS

A geometria é outro dos aspetos cruciais, e foi totalmente revista. O ângulo de direção está 1 grau mais relaxado (agora tem 71,5º em todos os tamanhos) e a distância entre eixos também cresceu 27 mm. Além disso, o Trail, um valor que relaciona o equilíbrio entre estabilidade e agilidade do triângulo dianteiro, tem 69 mm em todos os tamanhos. 

Com estas alterações, o peso do ciclista fica mais centrado na bicicleta, ou seja, está repartido de uma forma mais otimizada entre a parte dianteira e traseira, para uma maior estabilidade e reações mais previsíveis e controláveis, sobretudo quando rolamos em superfícies que proporcionam menos aderência ou são mais irregulares. 

E embora o conforto seja um valor com menos peso do que outras características, a Canyon teve-o em consideração, sobretudo no conceito do seu novo espigão de selim. A marca abandonou o espigão VCLS 2.0 que permitia uma flexão controlada, mas que era excessiva para ciclistas pesados ou altos, e criou um espigão em forma de "D" similar ao usado no modelo Ultimate de estrada, chamado ComforPost. 

É aerodinâmico e como tem um laminado diferente ao adotado no espigão da Ultimate, é mais confortável. E como ponto extra em termos de conforto, o quadro tem alguma flexão na parte entre o triângulo traseiro e o tubo de selim. 

MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES

Como é hábito nesta marca alemã, a Grail é fabricada em vários tipos de carbono no quadro e na forqueta, existindo as versões CFR, CF SLX e CF SL. O primeiro é 118 gramas mais leve do que o segundo e é 10% mais rígido. 

A forqueta do modelo CFR é 4,5% mais rígida e convém mencionar que o modelo mais barato (CF) não inclui o espaço de armazenamento Load Down Tube Storage. 

Em todo o caso, todos os quadros permitem montar pneus de até 42 mm de largura, bem como os novos guardalamas desenvolvidos pela marca. 

Tem uma fixação para porta-bidon debaixo do tubo principal, e outro para uma bolsa no tubo superior atrás da direção. Mas há mais... A forqueta é compatível com porta-bidons ou alforges (com um sistema de carga curioso, e que permite carregar até 3 kg). 

Também podem ser montadas transmissões até 36/52 dentes. Paralelamente foi desenvolvida uma edição limitada a 70 unidades, a GRVL DZZL, inspirada no protótipo camuflado que vimos nos últimos meses. Todos estes modelos são fabricados em 7 tamanhos, do 2XS ao 2XL. 

ESTES SÃO OS MODELOS DISPONÍVEIS:

Grail CFR Di2. 8,30 kg

Grail CFR AXS. 8,05 kg

Grail CFR LTD. 8,04 kg

Grail CF SLX 8 Di2. 8.50 kg

Grail CF SLX 8 AXS. 8,14 kg

Grail CF SL 7 AXS. 9,82 kg

Grail CF SL 8. 8,74 kg

Podes encontrar mais informações em www.canyon.com.

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