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Já testámos a nova BH iLynx + com motor Shimano

Este modelo da BH está disponível em duas versões, com 140 e 160 mm de curso, inclui um motor Shimano EP801, bateria de 540 Wh e um peso a rondar os 20 kg.

HÉCTOR RUIZ. FOTOS: JCD FOTOGRAFIA

3 minutos

Já testámos a nova BH iLynx + com motor Shimano

A iLynx tem características da AtomX e da Xtep. No fundo é uma bicicleta elétrica com uma grande capacidade em termos de motor e suspensões, mas com um peso mais contido. Destina-se aos que normalmente não precisam de uma bateria com uma grande capacidade e dão prioridade a outros aspetos. 

Está disponível em duas versões, uma de Trail com 140 mm de curso (é esta que testámos) e outra chamada Enduro que tem 160 mm de curso, sendo ambas fabricadas com o mesmo quadro em fibra de carbono, mas com montagens distintas. 

Tem um motor potente, uma bateria contida e um peso baixo, tendo em conta as rivais. 

TUDO EM UM

O peso foi um dos aspetos tidos em conta pelos engenheiros da marca, mas também as inovações tecnológicas. Isso é notório, por exemplo, na configuração do sistema de amortecimento, no eixo de rotação principal do basculante sobredimensionado, ou na cablagem interna através da direção. Também possui traços característicos em outros modelos da BH, como o tubo principal curvado da Atom X, embora ligeiramente mais discreto, ou a possibilidade de extrair por cima a bateria, presente tanto neste modelo como na AtomX. 

 

O resultado é uma bicicleta que é leve, mas que não deve ser confundida com uma eMTB ligeira, dado que esta iLynx+ tem um motor com um torque máximo de 85 Nm e tem uma montagem que a afasta das mais leves. Falamos do motor Shimano EP801, o modelo mais avançado da marca japonesa. 

 

A bateria é da própria BH e tem 540 Wh de capacidade, mas pode ser usada uma bateria externa X-Pro de 180 Wh, se quisermos aumentar a autonomia. Se usarmos somente a bateria interna, a BH anuncia uma autonomia de 60 km com um desnível de 2.000 metros. 

 

A bateria externa de 180 Wh tem de ser usada com um porta-bidon específico, de modo a garantir que fica imóvel e o modo de utilização da energia é duplo, ou seja, o motor bai buscar energia às duas baterias em simultâneo. 

POTENTE E LEVE

O tubo principal curvado herdado da Xtep não é algo simplesmente estético. O objetivo principal é oferecer espaço suficiente no quadro para a bateria adicional e para um bidon de água. O quadro é fabricado em carbono Ballistec, o qual é leve, mas resistente (pesa 2.450g, ou seja, mais 300g do que o iLynx Trail). 

 

O sistema de extração da bateria tem um novo aperto que requer o uso de uma chave sextavada em detrimento do clássico fecho tipo botão (embora a nossa bicicleta de teste ainda não viesse de origem com o novo sistema). 

 

Está à venda em três modelos de Trail (140 mm) e três de Enduro (160 mm)

O sistema de amortecimento é o conhecido Split Pivot, que já referimos inúmeras vezes na revista BIKE. Destaca-se pelo equilíbrio entre absorção/capacidade de aceleração/independência da travagem. A rigidez foi melhorada, através do recurso a um eixo principal sobredimensionado, com um eixo interior passante com rolamentos autoalinhados, algo que agora é comum na BH. 

 

Atrás, vem com um eixo Super Boost (de 157 mm) para melhorar a rigidez torsional e permitir o uso de pneus grossos (até 2.5"). Durante todo o teste confirmámos que tem espaço mais que suficiente. 

 

Também tem bloqueio da direção, cablagem interna e aperto do espigão de selim integrado no quadro. 

 

A geometria mescla características de Trail e Enduro, com um triângulo dianteiro longo e lançado, mas sem excessos, conservando uma boa agilidade em velocidades baixas. 

 

As escoras têm somente 440 mm, o que proporciona reações mais rápidas na parte traseira, sobretudo em zonas técnicas. 

Como pesa 20 kg (ou melhor, 20,45 kg na nossa balança) no tamanho M, não é superleve, mas tem uma montagem digna para altos voos (pneus Maxxis Minion, travões Shimano XT de quatro pistões e discos de 203 mm, bem como suspensões Fox) e uma capacidade do motor acima da média, portanto se somarmos tudo vemos claramente que se trata de uma excelente opção. 

 

Nunca chegámos a usar a bateria secundária (o que acrescentaria 980 g ao peso total), mas também nunca precisámos dela. As nossas voltas rondaram os 40 km com 1.200 ou 1.300 metros de acumulado, usando todos os modos de assistência, incluindo o Boost e chegámos a casa com cerca de 15 a 20% de bateria. 

MODELOS E PREÇOS

Tanto as versões Trail como as de Enduro estão à venda em três modelos cada e todas elas têm a mesma motorização e bateria, salvo a versão superior que traz de origem a bateria adicional X-Pro. 

iLynx+ Trail 8.7. 6.799,90 euros

iLynx+ Trail 8.8. 7.699,90 euros

iLynx+ Trail 8.9 (modelo testado). 8.599,90 euros

iLynx+ Enduro 9.7. 6.999,90 euros

iLynx+ Enduro 9.8. 7.699,90 euros

iLynx+ Enduro 9.9. 8.799,90 euros

Poderãs obter mais dados em www.bhbikes.com.

 

 

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