Perante o estado de emergência sanitária decretado em França, dadas as restrições estabelecidas com carácter geral pelo Governo, o percurso da 6ª etapa da Volta a Espanha foi afetado, não sendo possível terminar esta etapa no Col du Tourmalet no próximo domingo, dia 25 de outubro. Esta era uma das jornadas mais esperadas pelos fãs de ciclismo, já que incluía as subidas a três montanhas míticas como o Portalet, Aubisque e o Tourmalet, todas em solo francês.
Dadas as circunstâncias que afetam qualquer evento ao ar livre em solo francês, a Unipublic decidiu modificar a configuração da etapa. Assim, a 6ª etapa terá partida em Biescas - tal como já estava previsto, mas o restante percurso será totalmente diferente.
Serão 146,4 km que incluem uma subida ao Alto de Petralba (3ª categoria), Alto de Cotefablo (2ª categoria) e uma nova passagem por Biescas (sprint intermédio) antes da descida final à estação de Aramón Formigal (14,5 km a 4,6%, com pendentes máximas de 10%) tendo no total 3.040 metros de acumulado de subida.
A subida a Aramón Formigal é uma das mais icónicas do Pireneu Aragonês. Mais do que a sua pendente, a sua dificuldade está no comprimento: chegar ao topo, desde Biescas significa subir quase 27 km ininterruptamente, sem descanso. Será demolidor! Não é em vão que Aramón Formigal ficará para sempre ligado a um dos episódios mais importantes do ciclismo nesta década: a 15ª etapa da Volta a Espanha de 2016, na qual um ataque protagonizado por Alberto Contador provocou uma alteração drástica na prova, deixando Chris Froome em maus lençóis e deixando praticamente sentenciada a geral a favor de Nairo Quintana.
Lembramos também que Aramón Formigal já recebeu o final em alto de quatro etapas da Volta a Espanha, com vitórias de José Manuel ‘Tarangu’ Fuente (1972), Agustín Tamames (1975), Pedro Torres (1977) e Warren Barguil (2013).