No dia 23 de Julho de 2016, Ion Izagirre ganhou em Morzine a 20ª etapa do Tour naquela que foi a vitória mais importante da sua carreira. Sete anos depois - e após ter vencido etapas no Giro e na Vuelta - o espanhol repetiu o feito após uma fuga de elevado nível que se formou após 90 km de guerra, numa 12ª etapa de loucos.
A fuga teve 15 ciclistas, com Rúben Guerreiro, Thibaut Pinot, Mathieu van der Poel, Guillaume Martin, Matteo Jorgenson, Victor Campenaerts, Tobias Johannessen, Mathieu Burgaudeau, Julian Alpaphilippe, Jasper Stuyven, Tiesj Benoot, Dylan Teuns, Mads Pedersen, Andrey Amador e Ion Izagirre, que rematou com chave de ouro esta jornada.
Na última subida do dia - e a mais dura - Col de la Croix Rosier (de 2ª categoria, com 5,3 km a 7,6% de média), Izagirre lançou um ataque demolidor que deixou surpreendentemente Mathieu van der Poel literalmente vazio de forças, bem como os restantes companheiros de fuga.
O ciclista da Cofidis chegou ao topo da montanha com 25 segundos de vantagem sobre Pinot, Jorgenson, Benoot, Johannessen e Burgaudeauen, que não se entendiam na perseguição. Na descida em direção à meta, Izagirre teve de arriscar e foi assim que conseguiu aumentar a sua vantagem para os perseguidores. Guillaume Martin - seu colega de equipa -, como é óbvio, não ajudou na perseguição e não havia entendimento.
O ciclista de Ormáiztegui, de 34 anos, ganhou em Bellevive-en-Beaujolais. É a sua quarta vitória numa grande volta e a 18ª como ciclista profissional.
A 58 segundos chegaram à meta Mathieu Burgaudeau (TotalEnergies) e o norte-americano da Movistar Matteo Jorgenson, que esteve muito ativo durante toda a jornada. Logo depois chegaram Benoot, Johannessen, Pinot, Guillaume Martin, Teuns, Guerreiro... e a 4m14 o pelotão principal.
Com estas movimentações, Pinot sobe ao décimo lugar da geral, a 6m33 do líder Jonas Vingegaard. Tudo isto nas vésperas de mais um final em alto, no Grand Colombier (17,4 km a 7,1%), numa etapa pelo maciço do Jura.