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Tour: Woods ganha no alto de Puy de Dôme

O ciclista da Israel-Premier Tech fez um ataque espetacular na subida final e ganhou a jornada. Por sua vez, Pogacar atacou, ganhando segundos preciosos a Vingegaard, mas o dinamarquês continua a liderar a prova. 

ÁLVARO CALLEJA. FOTOS: SPRINT CYCLING AGENCY

Woods ganha no alto de Puy de Dôme
Woods ganha no alto de Puy de Dôme

O vulcão de Puy de Dôme é um território de muitas lendas e mitos que passaram de geração em geração, de avós para netos e um capítulo como aquele a que assistimos vai certamente preencher a memória durante décadas. E depois de mais de 30 anos de ausência do Tour de France, os ciclistas prestaram a devida homenagem, com um dos finais de etapa mais espetaculares dos últimos tempos. 

Nesta jornada épica, o norte-americano Matteo Jorgenson (Movistar) tentou dar a primeira vitória à equipa espanhola nesta edição do Tour, mas gastou tanta energia a tentar manter uma margem elevada sobre os seus perseguidores, que a dureza da subida ao vulcão tratou do resto. Por seu lado, Michael Woods (Israel-Premier Tech), um dos perseguidores, atacou, ultrapassou o norte-americano e ganhou a etapa, inserindo o seu nome na história desta mítica subida. 

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Van der Poel prestou homenagem ao seu avô Raymond Poulidor 

Mas, para além das emoções na parte dianteira da corrida, todos queriam saber quando é que Pogacar ou Vingegaard, os mais fortes candidatos à vitória final, iriam atacar. O dinamarquês ficou sem ajuda relativamente cedo e Pogacar solicitou ajuda dos seus companheiros de equipa, para o refrescarem, várias vezes, o que não é um bom sinal. 

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Matteo Jorgenson tentou a sua sorte, mas sofreu as agruras da impiedosa subida a Puy de Dôme 

A certa altura, Tadej olhou para Jonas e viu algo que o fez atacar. Aproveitou uma mudança de ritmo de Simon Yates (Jayco-AIUIa), que seguia no seu grupo juntamente com Carlos Rodríguez e Tom Pidcock (INEOS-Grenadiers) e arrancou. Na sua roda seguiu Vingegaard e embora Pogacar tentasse acelerar ainda mais, a dureza da subida não permitia grandes veleidades. Vingegaard foi inteligente e não foi ao choque, controlando o ritmo e embora tenha perdido metros preciosos, se tentasse ir ao ritmo de Pogacar provavelmente entraria em hiperventilação e o estrago seria maior. Neste jogo do gato e do rato, ambos ganharam: Pogacar conseguiu retirar segundos importantes e Vingegaard não explodiu e mantém-se na liderança da prova, nas vésperas do dia de descanso. 

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Tadej Pogacar atacou e conseguiu uma vantagem de 8 segundos

Nem Pogacar nem Vingegaard pouparam esforços. Ambos cortaram a meta visivelmente vazios, o que indica que estão praticamente ao mesmo nível. Está a ser um recital de ciclismo impressionante e somos uns felizardos por estarmos a presenciar este espetáculo. 

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Jonas Vingegaard perdeu algum tempo, mas mantém-se na liderança

 

 

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