Competição

Thomas de Gendt coloca um ponto final na sua carreira

O ciclista belga confirmou que a Paris-Chauny do passado domingo foi a sua última prova, após 16 temporadas na alta roda do ciclismo mundial. Lembramos que De Gendt venceu etapas nas três grandes voltas e foi terceiro na Volta a Itália de 2012. 

Fernando Belda. Foto: Luis Ángel Gómez (Sprint Cycling Agency)

1 minuto

Thomas de Gendt coloca um ponto final na sua carreira

Thomas de Gendt será sempre lembrado como um dos ciclistas mais inconformados do pelotão. Aos 37 anos, o carismático belga da Lotto Dstny colocou um ponto final na sua carreira após 16 temporadas no pelotão. A Paris-Chauny, competição de categoria 1.1 que decorreu no passado domingo, foi a sua última prova, como confirmou nas redes sociais. 

 

De Gendt era um dos ciclistas mais carismáticos e combativos do pelotão e de certa forma era considerado um dos mais temidos nas fugas.

O seu primeiro contrato profissional remonta a 2009 na equipa Topsport Vlaanderen, mas foi a partir do momento que assinou contrato com a Vacansoleil - que representou entre 2011 e 2013 - que começou a dar nas vistas. Depois, foi contratado pela Omega Pharma-Quick Step (2014) e desde 2015 está na Lotto Soudal / Lotto Dstny. 

Venceu uma etapa e ficou no pódio da Volta a Itália de 2012 (foi terceiro), mas foi sobretudo nas fugas que o seu nome se tornou conhecido. Tem 17 vitórias no seu palmarés, incluindo duas etapas na Volta a França, duas na Volta a Itália, uma na Volta a Espanha, cinco na Volta à Catalunha, duas na Paris-Nice e uma no Critérium du Dauphiné, Volta à Suíça, Volta à Romandia, entre outras. 

Este ano participou na Volta a Espanha - foi a 25ª grande volta em que esteve presente - e na penúltima jornada comemorou um dia especial: a etapa 500 de uma carreira repleta de momentos inesquecíveis. 

O belga esteve em menos evidência do que o habitual, numa prova que conhece muito bem - já participou dez vezes na Vuelta - e onde chegou inclusive a ganhar uma etapa em 2017. "Estas três semanas foram muito duras. Cheguei na melhor forma dos últimos dois anos, mas o nível estava tão alto que só me serviu para estar dentro do pelotão ou no primeiro grupo perseguidor. Além disso, esta Vuelta fez-me ter a noção de que cada vez é mais difícil estar em evidência e não consigo melhorar com a passagem dos dias.", reconheceu o belga. 

Após a prova espanhola, De Gendt disputou duas provas de um dia - o Grande Prémio de Valonia e Paris-Chauny -, colocando um ponto final numa grande carreira onde, para além de algumas vitórias, ganhou o carinho dos adeptos.

Etiquetas:

Relacionados