O domínio francês começou no Short Track, com a vitória de Pauline Ferrand-Prevot (prova feminina) e o segundo lugar de Koretzky na prova masculina (apenas batido por Mathieu Van der Poel).
SHORT TRACK
O aperitivo (se assim lhe podemos chamar) do Short Track que decorreu na sexta feira voltou a confirmar o favoritismo de Pauline Ferrand Prevot, que soube aproveitar o ataque suicida de Linda Indergand. No setor masculino, Mathiew Van der Poel voltou a demonstrar que se diverte bastante no Cross Country, tendo regressado ao BTT e dominado a prova, batendo o principal favorito: Nino Schurter.
O domínio do holandês foi assustador. A sensação com que ficamos é de que o seu poderio físico não tem limites e que todos os restantes atletas estão literalmente alguns furos abaixo.
O holandês fez um primeiro ataque, analisou a concorrência e depois deu a machadada final impondo um ritmo frenético ganhando com facilidade esta prova. Atrás deve, Koretzky e Schurter sprintaram, tendo o segundo lugar sido obtido pelo francês.
FRANCESAS GANHAM EM ELITES
Na tão aguardada prova de domingo, finalmente foi possível ver se o trabalho feito no Inverno deu os resultados esperados. As mulheres partiram às 11h, com o circuito seco e muito rápido, totalmente diferente do que vimos em 2019.
Loana Lecomte confirmou aquilo que todos nós já suspeitávamos. Aos 22 anos é claramente de um nível superior e logo após o início da prova acelerou distanciando-se das suas rivais, gerindo depois a prova. Ganhou descontraídamente, tendo a sua compatriota Pauline Ferrand Prevot ficado em segundo lugar.
Em terceiro lugar ficou aquela que é apontada como a primeira grande surpresa da temporada, a jovem norte-americana Haley Batten, que logo após cortar a meta abraçou emocionada Kate Courtney, quarta classificada. Joana Monteiro acabou no lugar 81 e foi a única portuguesa em prova.
BATALHA DE GIGANTES
Na prova masculina, Van der Poel e o brasileiro Henrique Avancini atacaram nos quilómetros iniciais. O holandês foi ameaçando atacar algumas vezes, mas o ritmo imposto foi de tal ordem elevado que o atleta da Alpecin acabou por pagar a fatura, descaíndo para o pelotão. Aliás, aconteceu o mesmo a Avancini. A partir desse momento começou uma nova corrida.
Mathias Flueckiger, Nino Schurter, Victor Koretzky e Ondrej Cink pareciam ser a partir deste momento os favoritos à vitória, com Thomas Pidcock a fazer uma recuperação monumental (partiu da posição 100). Este ano, o prodígio da Ineos corre na categoria elite e em Abstadt, com a difícil tarefa de subir posições num percurso que não possibilita muitas ultrapassagens, o objetivo principal consistiu em obter uma boa posição para na prova seguinte arrancar num lugar cimeiro.
O primeiro a sofrer um desgaste físico e técnico foi Ondrej Cink, enquanto Mathias Flueckiger apertava o ritmo na cabeça de corrida, mas viria a sofrer uma avaria técnica no espigão de selim telescópico (ficou bloqueado em baixo), impossibilitando-o de lutar de igual para igual com os seus adversários.
Deste modo, a vitória foi decidida entre Nino Schurter e Victor Koretzky. A experiência de Schurter contra a potência física e a motivação do atleta da KMC Orbea. A vitória coube ao francês, deixando Schurter, uma vez mais, com um sabor agridoce, no segundo lugar. Mário Costa terminou a prova no lugar 61.
Poderás ver as classificações completas aqui.