As novas medidas adotadas a partir de 2025 pela UCI pretendem garantir que os melhores atletas do mundo e as melhores equipas participam nestas provas.
A reforma no regulamento oficial implica alterações no modelo de qualificação para as provas da Taça do Mundo e proporciona a possibilidade de jovens talentos estarem nestas competições. O número de atletas em cada prova será revisto, com o objetivo de ter os melhores do mundo e proporcionar um espetáculo memorável.
Embora o processo de acreditação de cada equipa se mantenha inalterado, a partir do próximo ano será criado um sistema que divide as equipas em duas categorias: as Gravity (basicamente inclui todas as de enduro e Downhill) e Endurance (estão abrangidas todas as de cross country e short track). Em cada temporada só poderão existir 20 equipas Gravity e 20 equipas Endurance. Basicamente serão atribuídos 15 convites a estruturas consoante o seu ranking anual, enquanto as restantes cinco equipas receberão convites atribuídos pela UCI.
De modo a garantir o máximo profissionalismo e estabilidade das equipas, estas estruturas são obrigadas a ter acordos plurianuais a partir de 2026. Além do mais, tanto a UCI como a WBD Sports estão a tentar potenciar a exposição mediática e os direitos em termos de marketing. Para tal, a UCI está a solicitar às equipas que criem uma imagem facilmente identificável (através de cores, por exemplo), que ajude a identificá-las facilmente em prova.
Convém esclarecer que, para além das equipas com licença World Series, em cada prova da Taça do Mundo serão atribuídos até 8 convites adicionais a equipas registadas. E claro que as seleções nacionais terão direito a levar atletas consoante a quota específica.
Também foi introduzido no calendário o Continental Series, um conjunto de provas em colaboração com as cinco Confederações Continentais. Estas provas servem de plataforma e permitem aos melhores a possibilidade de se qualificarem para a Taça do Mundo.
No Downhill o processo de qualificação também foi alterado. A partir de 2025, todos os elites terão de participar numa primeira manga de qualificação e somente os 20 melhores na categoria masculina e as 15 melhores na feminina irão diretamente às finais. Até aqui nada de novo. Mas a novidade é que os restantes atletas terão de ir a uma segunda manga de qualificação, na qual os 10 melhores elites masculinos e as 5 melhores elites femininas assegurarão um lugar na final. O estatuto de proteção deixará de existir, portanto nenhum atleta terá tratamento preferencial consoante os resultados da época anterior.
Uma das principais novidades, como referimos antes, é a adoção de cores facilmente identificáveis. O novo regulamento vai obrigar todos os vencedores elites de provas da Taça do Mundo (tanto no XCO como no DH) que escolham cores específicas e pessoais, bem como um dorsal único. O número um será reservado ao líder atual da Taça do Mundo.
Mas há também más notícias. A Taça do Mundo de e-Enduro (ebikes) vai sofrer uma pausa, embora os Mundiais tenham uma prova que vai definir o campeão nesta especialidade.
Por sua vez, no Enduro, os Mundiais vão permitir a participação da categoria júnior, tanto masculina como feminina.