Os corredores masculinos de elite enfrentaram um percurso de 33,6 km, que, antes da partida, João Almeida (UAE Team Emirates) definiu como sendo para puros contrarrelogistas. O pódio viria a dar razão ao corredor das Caldas da Rainha, com os melhores especialistas presentes a darem cartas.
O mais veloz de todos acabaria por ser Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor). O palmelense parou o cronómetro nos 40m23s, tendo pedalado à estonteante média de 49,922 km/h. O segundo classificado foi Ivo Oliveira (UAE Team Emirates), que ficou a 29 segundos de recuperar um título que já lhe pertenceu em 2020. João Almeida (UAE Team Emirates), campeão no ano passado, fechou o pódio, a 41 segundos do vencedor.
“Sinceramente, não estava mesmo à espera da vitória. Tive Covid-19 há três semanas e as sensações nas últimas provas não tinham sido nada boas. Comecei a treinar e sentia também uma grande instabilidade, com uns dias melhores e outros piores. Ontem vi o percurso deste contrarrelógio e gostei, pois favorecia ciclistas mais pesados, como eu. Tentei gerir a prova da melhor forma e consegui a vitória, que era algo que procurava já há vários anos. Tinha adversários de grande qualidade, dei o meu melhor e consegui surpreender-me a mim mesmo”, admitiu Rafael Reis.
As restantes categorias em prova fizeram um percurso mais curto, 21,5 km. Entre a elite feminina, Daniela Campos (Bizkaia-Durango) foi a mais forte, revalidando o título nacional de contrarrelógio. A jovem algarvia completou o percurso em 32m35s (média de 39,591 km/h), batendo a colega de equipa Beatriz Pereira por apenas 7 segundos. A terceira classificada, a 12 segundos da vencedora, foi Ana Caramelo (Kiwi Atlantico Louriña).
“É uma sensação muito boa poder revalidar o título e estou muito contente por isso. Sabia que tinha hipótese de conseguir, mas temos atletas muito fortes nesta vertente. Tive de acreditar nas minhas capacidades e focar-me naquilo que eu podia fazer e correu tudo bem. Era um percurso bom para mim, não era muito técnico, mas tínhamos de ter em atenção o vento, que de certa forma dificultou o trabalho dos atletas. O segredo para a vitória foi mesmo a gestão do esforço durante a prova”, explicou Daniela Campos.
Os sub-23 masculinos também completaram 21,5 km, tendo Pedro Andrade (Efapel Cycling) arrebatado o título ao colega de equipa Fábio Fernandes. O ciclista feirense gastou 27m10s (média de 47,485 km/h), deixando nas posições imediatas Daniel Dias (Kelly-Simoldes-UDO), a 17 segundos, e Pedro Silva (Glassdrive-Q8-Anicolor), a 36 segundos.
A prova feminina contou ainda com a presença das masters. Entre as mais jovens das veteranas impôs-se a master 30 Nádia Mendes (Cantanhede Cycling/Vesam), com 35m08s. A melhor master 40 foi Raquel Santos (CE Gonçalves/Azeitonense), com 36m07s. A vencedora em masters 50 foi Filomena Gomes (Vertentability/CRG), com 36m01s.
Mogadouro recebeu também os Campeonatos Nacionais de Contrarrelógio de paraciclismo, tendo sido coroados 13 vencedores:
Campões Nacionais de Paraciclismo
H2: Luís Jejum (Associação Salvador)
H3: João Pinto (Mirachoro Hotels/CC Portimão/Churrasqueira do Vau)
H4 Feminina: Sandra Manuel (Associação Salvador)
H4 Masculino: Flávio Pacheco (Santa Cruz/Botelhos.pt)
H5 Feminina: Felismina Gomes (Associação Salvador)
H5 Masculino: Luís Costa
B Feminina: Ana Silva/Isabel Caetano (Descobre Destreza Associação Desportiva)
C1: Bernardo Vieira (Academia Efapel de Ciclismo)
C2: Telmo Pinão (Academia Efapel de Ciclismo)
C3: Paulo Teixeira (Rodabike/ACRG/Gondomar)
C4: Ângelo Correia (Clube Ciclismo Amaro Antunes)
C5: Miguel Pacheco
D: André Soares (Mato-Cheirinhos/Vila Galé/Etopi)
O Campeonato Nacional de Estrada prossegue em Mogadouro, neste sábado, dia das provas de fundo para todas as categorias femininas e para os sub-23 masculinos. As femininas são as primeiras a competir, às 9h30. As corredoras de elite vão completar 87,6 km, as juniores, as masters 30 e as masters 40 têm por diante 65,3 km, enquanto a prova de cadetes e de masters 50 irá ficar-se pelos 43 km.
Às 14h30 é a vez da prova de fundo para sub-23. Os jovens ciclistas das equipas continentais e de clube vão completar 132,2 km, resultantes de seis voltas ao circuito.