comitium

Principais candidatos à vitória na Volta a Itália

O esloveno da UAE Team Emirates vai estrear-se nesta prova, mas é claramente o favorito à vitória. A edição nº107 da Volta a Itália começa este sábado em Venaria Reale (Turim) e este é o "nosso" top-10.

FERNANDO BELDA. FOTOS: SPRINT CYCLING AGENCY

Principais candidatos à vitória na Volta a Itália
Principais candidatos à vitória na Volta a Itália

Poucas vezes, pelo menos nos últimos tempos, uma Grande Volta teve um favorito tão unânime a poucos dias do seu início. Todas as apostas vão para Tadej Pogacar, o esloveno que tem maravilhado o mundo do ciclismo com a sua garra, perseverança e combatividade. Mas existem outros ciclistas que podem ficar nos lugares cimeiros e este é o nosso top-10.

1. TADEJ POGACAR (UAE TEAM EMIRATES)

É unanimemente o grande favorito, apesar de se estrear nesta prova. Venceu duas vezes a Volta a França, é o número 1 do ranking UCI e teve um início de temporada impressionante, com vitórias espetaculares na Strade Bianche, Volta à Catalunha (onde ganhou quatro etapas) e Liège-Bastogne-Liège), além de ter sido 3º na Milão-San Remo. Vai chegar à Volta a Itália fresco, dado que só competiu dez dias. Tanto na montanha como no contrarrelógio é bastante forte e o seu nível de forma está vários pontos acima de qualquer rival. Com a dobradinha Giro/Tour em mente, o esloveno deverá, se nada de anormal acontecer, assegurar a vitória e somar assim a terceira Grande Volta ao seu palmarés.

2. GERAINT THOMAS (INEOS GRENADIERS)

Regularidade, honestidade e solidez são características que definem o galês de 37 anos. Já venceu a Volta a França em 2018 e ficou no pódio outras duas vezes, e na Volta a Itália de 2023 foi segundo classificado - perdeu por uma margem mínima na cronoescalada do Monte Lussari na penúltima etapa -. Apesar da sua idade, continua a ser um ciclista fiável e os quilómetros de contrarrelógio jogam a seu favor, embora seja pouco provável conseguir bater Pogacar num confronto direto. Recentemente foi 13º no Tour dos Alpes e neste Giro terá ao seu lado uma INEOS muito forte com Thymen Arensman, Filippo Ganna, Tobias Foss, Magnus Sheffield, entre outros.

3. BEN O´CONNOR (DECATHLON AG2R LA MONDIALE)

O trepador australiano - que foi 4º no Tour de 2021 e 8º na Volta a Espanha de 2022 - vai participar nesta Volta a Itália com grandes aspirações depois de ter protagonizado um grande início de temporada (ganhou a Volta a Múrcia, acabou em 2º o UAE Tour, foi 5º na Tirreno Adriático e foi 2º no Tour dos Alpes). É fiável na montanha e terá ao seu lado uma equipa sólida, onde se destacam os irmãos Paret-Peintre (Aurélien ganhou uma etapa de montanha na Volta a Itália de 2023 no Lago Laceno e acabou de ganhar uma etapa do Tour dos Alpes; e Valentin esta temporada foi 4º na prova dos Alpes e 8º no Tour Down Under). Vai ser a quarta participação de O´Connor no Giro, embora as três anteriores tenham ocorrido antes de se converter num ciclista mais apurado em 2021: foi 20º em 2020, 32º em 2019 e desistiu na sua estreia, em 2018. 

4. ROMAIN BARDET (TEAM DSM-FIRMENICH)

O veterano trepador francês - foi duas vezes ao pódio no Tour em 2016 e 2017 - continua a ser uma referência, como demonstrou recentemente no Tour dos Alpes (5º) e na Liège-Bastogne-Liège (2º, atrás de Pogacar). Qualidade e experiência não lhe faltam e, aos 33 anos, poderá estar na sua última temporada como ciclista profissional. Será a sua terceira participação no Giro, após ter sido 7º em 2021 e ter abandonado por doença em 2022 quando era 4º na classificação geral. 

5. CIAN UIJTDEBROEKS (VISMA | LEASE A BIKE)

O jovem talento belga - vencedor do Tour de Porvenir de 2022 - vai participar na Volta a Itália como líder da equipa neerlandesa após as ausências de Wout van Aert e Wilco Kelderman. Será a sua segunda prova de três semanas depois de ter terminado a Volta a Espanha 2023 em 8º, confirmando que é um grande corredor. Nesta temporada - que é a primeira ao serviço da Visma após ter abandonado abruptamente a BORA-hansgrohe - já tem resultados de relevo, como o 5º lugar no Gran Camiño e o 7º na Tirreno-Adriático. Aos 21 anos, esta poderá ser a sua prova de consagração. Ao seu lado terá ciclistas de elevada qualidade, como Jan Tratnik, Attila Valter, Christophe Laporte ou o veterano Robert Gesink.

6. ANTONIO TIBERI (BAHRAIN VICTORIOUS)

Tiberi é um dos jovens ciclistas (22 anos) que maior progressão está a mostrar esta temporada. Após a sua polémica saída da Trek-Segafredo, o talentoso italiano encontrou na Bahrain-Victorious a tranquilidade necessária para demonstrar toda a qualidade que possui e que o levou a ser Campeão do Mundo júnior de contrarrelógio em 2019. Foi 18º na Volta a Espanha de 2023 e após uma grande evolução na montanha, acabou em 8º na Volta à Catalunha e foi 3º no Tour dos Alpes. O veterano Damiano Caruso será o seu principal apoio na montanha. 

7. DANIEL FELIPE MARTÍNEZ (BORA-HANSGROHE)

A irregularidade é o principal problema do colombiano, embora seja considerado um ciclista bastante completo (é bom trepador e contrarrelogista). Foi 5º no Giro de 2021, prova na qual deu nas vistas como gregário de luxo de Egan Bernal. Nesta temporada - a sua primeira com as cores da BORA-hansgrohe - sagrou-se campeão colombiano de contrarrelógio e na Volta ao Algarve protagonizou um aceso duelo com Remco Evenepoel, acabando em 2º lugar da classificação geral (ganhou duas etapas de montanha). Devido à ausência de Lennard Kamna, Martínez será o líder da equipa alemã, tendo ao seu lado Maximilian Schachmann e o jovem Florian Lipowitz, que deu nas vistas na Volta à Romandia (foi 3º).

8. THYMEN ARENSMAN (INEOS GRENADIERS)

O neerlandês da INEOS, de 24 anos, tem qualidade e condições para ser um voltista, como demonstrou na Volta a Espanha de 2022 e na Volta a Itália de 2023 (em ambas acabou no 6º lugar). Esta temporada foi 5º na Volta ao Algarve, 6º na Tirreno-Adriático e 27º na Volta à Romandia. À priori será o segundo chefe de fila da equipa britânica, mas se Geraint Thomas vacilar, Arensman poderá ter liberdade para brilhar numa prova que assenta que nem uma luva no seu perfil. 

9. JUAN PEDRO LÓPEZ (LIDL-TREK)

O trepador espanhol viveu o seu primeiro momento de glória no Giro de 2022, vestindo a camisola rosa durante dez dias e terminando como melhor jovem. Após uma temporada de 2023 muito complicada, devido a lesões, regressa ao Giro com grandes ambições. Recentemente terminou o Tour dos Alpes com uma vitória muito festejada e bateu alguns dos principais rivais que também estarão na prova italiana.

10. EINER RUBIO (MOVISTAR TEAM)

Embora seja pouco conhecido - Nairo Quintana é, em teoria, o líder da equipa espanhola - Rubio é claramente a opção mais sólida para a classificação geral. Tem qualidade - lembramos que ganhou em CransMontana na edição passada do Giro - e terá a grande vantagem de ser pouco valorizado pelos rivais. Mas não é forte no contrarrelógio, portanto os 68 km nesta especialidade serão o seu calcanhar de Aquiles. Esta temporada foi 13º no UAE Tour e 14º na Volta à Catalunha. 

OUTROS CICLISTAS A TER EM CONTA

Alexey Lutsenko (Astana Qazaqstan Team), Damiano Caruso (Bahrain Victorious), Luke Plapp, Eddie Dunbar e Filippo Zana (Team Jayco AlUla), Florian Lipowitz (BORA-hansgrohe), Aurélien Paret-Peintre (Decathlon Ag2R La Mondiale) e Michael Storer (Tudor Pro Cycling).

ESTES SÃO OS 176 CICLISTAS QUE VÃO PARTICIPAR NO GIRO 2024

 

Data powered by FirstCycling.com