Após um início emocionante em território basco e duas etapas de transição que serviram para os sprinters - mais concretamente para Jasper Philipsen - mostrarem a sua raça, a Volta a França entra agora nos Pirenéus.
Hoje os ciclistas terão de enfrentar a primeira jornada de alta montanha e que conta com dois colossos: Soudet e Marie-Blanque, com chegada em Laruns. Foi precisamente nesta chegada que Tadej Pogacar conseguiu em 2020 a primeira das suas nove vitórias de etapa na prova francesa. Nesse dia, Pogacar bateu ao sprint Primoz Roglic, Marc Hirschi, Egan Bernal e Mikel Landa.
Tanto a etapa de hoje (que é a quinta), como a de amanhã (a sexta) podem marcar diferenças importantes na classificação geral, sobretudo nos favoritos.
Hoje, os ciclistas terão pela frente 162,7 km entre Pau e Laruns, com a subida a Soudet de categoria Especial (15,2 km a 7,2% de pendente média) e Marie-Blanque (de primeira categoria, com 7,7 km a 8,6%). Pelo meio terão ainda de enfrentar a subida a Col d´Ichére (4,2 km a 7%).
Hoje perceberemos quem está realmente em forma, no entanto não se esperam ataques demolidores dado que estamos apenas no quinto dia de prova, mas também porque amanhã será novamente um dia complicado, com a primeira chegada em alto, no topo de Cauterets.
A luta pela camisola amarela vai começar agora, num terreno propício a Pogacar. A subida decisiva será a de Marie-Blanque, com as rampas mais duras na fase final - os últimos quatro quilómetros são duríssimos, quase sempre acima dos 10% - com uma bonificação especial no topo (8, 5 e 2 segundos). Além disso, convém destacar uma descida bastante técnica até à meta situada em Laruns.
Na quinta feira a etapa será tão ou mais exigente do que esta. Os ciclistas terão de subir o Col d´Aspin (12 km a 6,5%), Tourmalet (17,1 km a 7,3%) e a subida final a Cauterets (16 km a 5,4%). Serão dois dias altamente stressantes e exigentes.
