Competição

Pauline Ferrand-Prévot venceu a prova de XCO dos Jogos Olímpicos

A francesa foi claramente a mais forte, ganhando com uma vantagem de quase três minutos sobre a norte-americana Haley Batten. Raquel Queirós deu tudo o que tinha e ficou em 29º lugar, a duas voltas da vencedora.

mountainbike.es

2 minutos

Pauline Ferrand Prévot venceu a prova de XCO dos Jogos Olímpicos

A francesa Pauline Ferrand-Prevot era a grande favorita à vitória nestes Jogos Olímpicos e cumpriu o prognóstico. Aos 32 anos e com um currículo invejável, a francesa dominou a prova do início ao fim. Ainda por cima venceu no seu próprio país, com o acréscimo de pressão psicológica que isso acarretou durante os últimos 12 meses. Aliás, a atleta, que foi campeã do mundo cinco vezes, descarregou toda essa adrenalina e pressão na entrega dos prémios, quando se apercebeu daquilo que teve de abdicar para chegar em forma a esta prova. 

Laura Stigger foi a primeira a liderar a prova, formando um grupo com Pieterse, Loana Lecomte e Ferrand-Prevot. Depois, Prevot atacou numa subida técnica e ganhou uma vantagem que não parou de crescer. Pieterse tentou inverter a situação, mas a francesa conseguiu aumentar a vantagem, que nesta fase ultrapassava um minuto, enquanto atrás a sua compatriota caiu no rock garden, ficando visivelmente combalida. 

Puck Pieterse também sofreu um furo após um drop, sendo obrigada a parar na zona de assistência, o que fez com que perdesse tempo precioso e ficasse fora da luta pelas medalhas. Enquanto isso, Ferrand Prevot apercebeu-se que não precisava de arriscar mais e fez os quilómetros finais em ritmo de cruzeiro, cortando a meta em ambiente de festa. A segunda classificada, Haley Batten, ultrapassou a sueca Jenny Rissveds nos metros finais e cortou a meta 2m57 após a francesa. A sueca ficou com a medalha de bronze. 

Destacamos obviamente a portuguesa Raquel Queirós, atual campeã nacional de XCO. A lusa teve uma partida consistente - embora tivesse ficado colocada na parte traseira da grelha de partida, devido à posição do país no ranking - e teve de lutar para ficar bem colocada, de modo a evitar ficar encurralada nas zonas mais apertadas, sobretudo nas subidas. 

A betetista nacional andou nos 25 primeiros lugares, mas o desgaste e o andamento muito forte da corrida fizeram com que perdesse lugares a meio da prova, caindo para o 29º posto. O ritmo da vencedora era tão forte que só as 23 primeiras atletas conseguiram acabar na mesma volta. A lusa acabou em 29º, a duas voltas. 

"Orgulho-me muito de toda a preparação que fiz, física e mental, orgulho-me por ter passado momentos duros e nunca ter desistido. Os jogos não são para qualquer pessoa, os jogos são para os melhores dos melhores e eu faço parte deles! Hoje sou uma atleta melhor e estou melhor preparada do que há 3 anos e por isso sou muito grata a esta experiência. (...) Ontem deixei tudo o que tinha em pista por vocês e pelo nosso país.", disse a lusa. 

Também o selecionador nacional Pedro Vigário teceu alguns comentários após a prova:

"Atendendo à lista de participantes e àquilo que têm sido os resultados ao longo da época, sobretudo nas provas da Taça do Mundo, o resultado da Raquel é normal e dentro do que era expectável para mim. O percurso era muito rápido e a velocidade foi muita, o que leva a mais dobragens, daí que muitas atletas não tenham concluído na volta da vencedora".

 

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