O selecionador nacional de BTT, Pedro Vigário, tem apostado nas categorias mais jovens, dando-lhes a oportunidade para se enquadrarem e evoluírem, sem pressão. A participação em eventos deste tipo, UCI Junior Series, permite competir com atletas de outros países, comparar andamentos e, sobretudo, habituar os nossos atletas a um ambiente internacional.
Marselha foi o palco da segunda ronda deste troféu e Mariana Líbano foi a melhor classificada em representação da seleção nacional. Terminou a prova na 18ª posição, a 14m13 da vencedora, a suíça Monique Halter. A atleta portuguesa chegou a andar no grupo da frente, mas uma queda fez com que perdesse de imediato várias posições.
Beatriz Sousa estreou-se neste tipo de provas internacionais e a falta de experiência, mas também algum nervosismo não foram os melhores aliados para esta competição. Terminou no 38º posto, tendo sido obrigada a abandonar a prova devido à regra dos 80% (a regra estabelece que os atletas devem ser encostados quando têm uma distância para a frente da corrida de mais de 80% da duração de uma volta).
O selecionador nacional fez um balanço da prestação das duas corredoras juniores: “A Mariana partiu muito bem e realizou toda a primeira volta no grupo da frente, entre as 10 primeiras corredoras. No entanto, na segunda volta sofreu uma queda complicada, que a deixou bastante combalida, fazendo com que estivesse ainda algum tempo parada. Quando regressou à prova já tinha perdido bastante tempo, o que levou a que tivesse de fazer a restante corrida de trás para a frente. Apesar disso, ainda conseguiu recuperar várias posições. A Beatriz, tendo muito menos experiência do que a Mariana neste tipo de provas, e nunca tinha estado num palco desta dimensão, acabou por acusar algum nervosismo e não se adaptou bem ao percurso”.
Também participaram dois atletas juniores masculinos nesta competição, Artur Mendonça e Rafael Sousa. Num percurso duro, técnico e agressivo, Mendonça ficou em 34º lugar, a cerca de 6m41 do vencedor, o norueguês Martin Farstadvoll. Por sua vez, Rafael Sousa ficou no 42º lugar.
“A fase inicial foi muito complicada, visto que os dois corredores não se conseguiram habituar muito bem ao percurso. De referir que este é um dos percursos mais exigentes a nível internacional e que o nosso objetivo era precisamente que os corredores ganhassem alguma experiência. Na segunda metade da prova, tanto o Artur como o Rafael começaram a estabilizar na classificação e, no final, notava-se que estavam mais tranquilos e mais à vontade. Claro que não foram os resultados aos quais eles estão habituados nem que eles queriam, mas é importante ganhar experiência também neste tipo de percursos mais técnicos e mais agressivos”, afirmou o selecionador nacional.
