A apresentação oficial da prova O Gran Camiño decorreu ontem em Santiago de Compostela e finalmente foram divulgadas mais novidades da etapa que decorrerá em solo português. A prova, que vai decorrer de 26 de fevereiro a 2 de Março, passa a ter cinco etapas nesta quarta edição.
Como já tínhamos anunciado, a partida vai ser em Portugal e Ezequiel Mosquera, diretor de prova, salientou a dificuldade em termos logísticos e organizativos e a vontade de esta prova subir de categoria UCI. Obviamente, tendo em conta o clima típico da Galiza nesta altura do ano, o organizador espera ter a possibilidade de alterar o calendário em 2026.
PERCURSO
A Maia vai receber a partida oficial da prova numa homenagem aos estreitos laços que unem a Galiza e Portugal. A jornada vai ter 190 km e 1.900 metros de desnível acumulado, estando a meta situada em Matosinhos. As principais dificuldades do dia serão as subidas ao alto de Feitos e ao Monte de São Felix, ambas de terceira categoria.
A prova entra em solo galego na segunda etapa, que vai percorrer a província de Pontevedra. O tiro de partida será em Marín (Rías Baixas), numa jornada que terá 144,8 km e 2.500 metros de desnível, destacando-se três subidas de terceira categoria. A passagem pela subida ao alto de San Vincenzo terá um papel decisivo, sendo provável assistirmos a ataques. Quanto à meta, estará na localidade de A Estrada.
A terceira etapa será vital. Trata-se de um contrarrelógio com partida na espetacular Ponte Romana de Ourense e chegada em Pereiro de Aguiar. Terá 15 km e o alto de Sabadelle, sensivelmente a meio do percurso, será determinante.
A etapa rainha será no penúltimo dia: uma jornada de alta montanha. A partida será em A Pobra do Brollón e embora a quilometragem não seja muito alta (142 km), tem um acumulado de subida considerável (3.121 metros). A dureza estará concentrada no último terço do percurso, onde as subidas de Campo do Arbre e Catro Ventos servirão de aperitivo para o prato principal da prova galega, a subida a Pintinidoira, de primeira categoria. Depois de superada esta dificuldade, a prova vai rumar à subida de O Cebreiro, onde termina a etapa.
A última etapa vai ligar Betanzos a Santiago de Compostela, com dupla passagem no alto de Lampal. Esta subida é importante porque logo a seguir os ciclistas vão deparar-se com uma descida muito rápida, entrando depois num sterrato (aconselhamos todos a assistir a esta etapa neste ponto). A última passagem por caminhos de terra será a cerca de 5 km para a meta.
Como vimos, o trajeto é bastante atrativo, variado e tem todos os condimentos para os ciclistas darem espetáculo, caso o clima ajude. Quem será o sucessor de Jonas Vingegaard? O dinamarquês já confirmou que não vai a esta prova, mas estarão presentes outros ciclistas com potencial.
