O italiano Jonathan Milan (Lidl-Trek) somou a sua terceira vitória nesta edição da Volta a Itália, confirmando que é o melhor sprinter da competição. Foi uma vitória justa, embora durante esta 12ª etapa tivesse ficado cortado e foi necessária uma recuperação para se unir ao pelotão.
A Lidl-Trek possui, na nossa opinião, o melhor "comboio" de ajuda ao sprint final, como se viu hoje. A equipa liderou o pelotão nos últimos quilómetros, preparando o sprint com consistência. Fernando Gaviria (Movistar) tentou surpreender de longe - algo tradicional no colombiano - mas o resultado não foi o esperado. Jonathan Milan seguiu na sua roda e não teve rival, ganhando pela sexta vez esta temporada. Tudo indica que, aos 23 anos, encontrámos um sucessor de Mario Cipollini.
O segundo a cortar a meta foi o polaco Stanislaw Aniolkowski (Cofidis) e o terceiro foi o alemão Phil Bauhaus (Bahrain Victorious). A classificação geral não sofreu alterações, com Pogacar a liderar, seguido de Daniel Felipe Martínez (a 2m40) e Geraint Thomas (a 2m56).
Esta foi a etapa mais plana do Giro 2024 - tinha apenas 150 metros de desnível em 179 km de percurso - , mas os cortes no pelotão causaram muita ansiedade. Uma fuga chegou a ter mais de três minutos de vantagem, mas a 62 km da meta, tudo mudou. O vento marcou presença e o pânico entrou em cena. Pogacar, sempre atento, posicionou-se bem, na dianteira, mas ciclistas como Einer Rubio, Domenico Pozzovivo e inclusive Jonathan Milan passaram dificuldades e tiveram de recorrer à ajuda dos seus colegas para reentrar.
A corrida ganhou velocidade e os fugitivos foram apanhados. Pouco depois, o pelotão reagrupou e logo a seguir Dries de Pooter (Intermarché-Wanty) e Martin Marcellusi (VF Group-Bardiani) tentaram a sua sorte, mas a 9 km da meta foram absorvidos pelo pelotão.
Amanhã será um dia decisivo, com um contrarrelógio de 31,2 km planos entre Castiglione Stiviere e Desenzano del Garda que certamente vai alterar a classificação geral. Será ideal para especialistas puros, como Flippo Gana e Tadej Pogacar.
Domingo será dia de uma etapa de luxo: 222km e 5.300 metros de desnível acumulado, com cinco subidas difíceis e chegada em Livigno (2.385 metros de altitude), por Mottolino, após uma subida de 4,7 km a 7,6% com rampas que chegam aos 19%. O Giro entrou, sem sombra de dúvida, na fase decisiva.
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