Jay Vine venceu duas etapas de montanha na Volta a Espanha deste ano e foi um dos grandes protagonistas. Aliás, chegou a envergar a camisola de líder da montanha, mas uma queda violenta obrigou-o a abandonar na 18ª etapa.
Mas o australiano de 26 anos da Alpecin-Deceuninck já tinha dado nas vistas antes, sendo claramente um dos melhores trepadores dos últimos tempos, ainda por cima em final de contrato com a formação belga.
Lembramos que Vine foi contratado pela equipa de Mathieu Van der Poel após se ter destacado no ciclismo virtual. Agora, dá o salto para uma das equipas mais fortes do WorldTour. O contrato é válido por duas temporadas e espera-se que Jay Vine possa ser um dos principais gregários de Tadej Pogacar na alta montanha.
A equipa dos Emirados é, a par da Jumbo-Visma, a equipa que mais se reforçou para a próxima temporada. A contratação de Vine é a sétima (provavalmente a última) após a confirmação de Adam Yates (oriundo da INEOS Grenadiers), Tim Wellens (Lotto-Soudal), Felix Grosschartner (BORA-hansgrohe), Domen Novak (Bahrain Victorious), Sjoerd Bax (Alpecin-Deceuninck) e Michael Vink (Bolton Equities Black Spoke Pro Cycling), que também foi contratado após ter dado nas vistas no ciclismo virtual.
Vine também poderá ser uma peça importante na proteção de João Almeida na alta montanha, mas tudo vai depender da nova configuração da equipa, dado que Juan Ayuso certamente vai passar a ter um papel mais preponderante na próxima temporada.
O nome de Jay Vine começou a ecoar no ciclismo mundial na temporada de 2021 quando foi segundo na Volta à Turquia e terceiro numa etapa da Volta a Espanha. Mas foi sobretudo em 2022 que deu nas vistas, confirmando as suas qualidades trepadoras. Além de se ter destacado na Volta a Espanha, foi segundo na Volta à Noruega - apenas foi batido por Remco Evenepoel - e voltou a ser segundo na Volta à Turquia.