Em 2019, a Vuelta apresentou ao mundo uma subida praticamente desconhecida: o Pico del Buitre, no Observatório Astrofísico de Javalambre, cenário onde Ángel Madrazo obteve a vitória mais importante da sua carreira.
Quatro anos depois, esta exigente subida localizada em Arcos de las Salinas volta a fazer parte do percurso da Volta a Espanha, convertendo-se na segunda chegada em alto desta edição. Depois da subida na estação de esqui de Arinsal, em Andorra, onde Remco Evenepoel deu a primeira demonstração de força e passou a envergar a camisola de líder, os favoritos terão mais um cenário propício a uma nova batalha nas rampas do Pico del Buitre, onde as diferenças de tempo poderão ser importantes.
Esta sexta etapa vai levar o pelotão de La Vall d´Uixo até ao Observatório Astrofísico de Javalambre após 183,1 km que incluem um terreno ondulado e duas subidas de terceira categoria (Arenillas, de 5,8 km a 4,7% e Rubielos, de 6,1 km a 6,2%), como aperitivo para a dificuldade final, a exigente subida de 10,9 km a 8% de pendente média, com 4 km duríssimos na segunda metade - sempre acima de 9% e com rampas que chegam aos 15% - antes de suavizar ligeiramente no quilómetro final.
Esta subida é mais dura do que a de Arinsal e espera-se que Evenepoel, Vingegaard, Roglic, Ayuso, Mas, Almeida e Vlasov puxem pelos galões. Como a geral ainda está muito aberta (os 13 primeiros classificados estão separados por segundos), as rampas do Pico del Buitre provavelmente mostrarão quem realmente está em forma e quem podemos desde já descartar da luta pelo pódio.
A partida da etapa será por volta das 12h34 e a chegada está prevista para as 17h30 (numa velocidade média estimada de 37 km/h).
O sprint intermédio, que será um ponto bonificado (com 6, 4 e 2 segundos) estará situado na localidade de Torrijas, a 21 km da meta e poderá ser o incentivo a uma fuga com ciclistas de relevo.