Depois de etapas demoníacas com montanha, a 11ª etapa serviu de descanso para o pelotão. Só uma fuga consentida de três ciclistas (Daniel Oss, Andrey Amador e Matis Louvel) animou a corrida, tendo sido sempre controlada pelas equipas dos sprinters. A chegada situada em Moulins foi decidida, como já se antecipava, em grande velocidade, tendo Jasper Philipsen somado a sua quarta vitória no Tour, solidificando a camisola verde e confirmando que é na atualidade o melhor velocista.
O belga da Alpecin-Deceuninck foi muito superior e desta vez teve de lutar nos metros finais sem a ajuda de ninguém. O seu "comboio" não funcionou devido a um final de etapa desordenado. No entanto, Philipsen conseguiu manobrar com destreza no meio do caos, apanhando primeiro a roda de Caleb Ewan, depois a de Wout van Aert e finalmente a de Dylan Groenewegen, que já tinha lançado o sprint anteriormente e estava mais adiantado, ultrapassando-o e ganhando a jornada.
Das cinco chegadas ao sprint neste Tour, Philipsen ganhou quatro (Bayona, Nogaro, Bordéus e Moulins). Só Mads Pedersen conseguiu ser o mais forte numa chegada em pelotão, mas com uma pendente nos metros finais. Philipsen já soma seis vitórias na prova francesa (duas em 2022), dez esta temporada e 33 como profissional.
Nos primeiros postos da classificação geral não há alterações.
A 12ª etapa (entre Roanne e Belleville-en-Beaujolais, com 168,8 km) terá um traçado de média montanha sem descanso, com cinco subidas pontuáveis - duas de 2ª categoria nos últimos 50 km - propícia para uma fuga. A última subida, Col de la Croix Rosier, tem 5,3 km a 7,6% e é bonificada. Em teoria, os favoritos deverão poupar forças para as três etapas de alta montanha do fim de semana... mas neste Tour, tudo pode acontecer.