A notícia do falecimento do ciclista espanhol Arturo Grávalos de 25 anos de idade (da equipa EOLO-Kometa) deixou o pelotão emocionado e foi do conhecimento geral. O ciclista tinha um tumor cerebral que tinha sido detetado em 2021 e já tinha sido operado várias vezes. Após esta notícia, que foi comunicada durante o pequeno almoço, mais uma má notícia: Mads Pedersen passou mal a noite e acordou com fortes dores de garganta, tendo abandonado por indicação do médico.
Após estas duas "bombas", chegou mais uma: esta 13ª etapa do Giro teve de ser encurtada tanto em termos de quilómetros como de dureza devido às condições meteorológicas. Assim, dos 199 km previstos, os ciclistas só percorreram os últimos 74,6 e das três montanhas, só subiram duas, um pesadelo logístico gigantesco para a organização que teve de gerir a movimentação de largas dezenas de camiões e autocarros.
Quanto à competição em si, Einer Rubio soube usar o seu sangue frio e inteligência para rematar uma vitória especial. "Sabia que o Pinot estava forte e que o Cepeda também estava muito bem, por isso deixei-os fazer a sua jogada, apostei na minha estratégia e esperei até ao momento certo para atacar". Com um ataque vigoroso, o colombiano sprintou para a vitória, batendo os seus dois companheiros de fuga, assinando em Crans Montana a sua segunda vitória como ciclista profissional, a mais importante da sua carreira.
No pelotão, só Hugh Carthy e Lorenzo Fortunato tentaram fazer algo, mas as consequências foram praticamente nulas. Do top-10, nem sinal de movimentações. As forças estão muito justas, a diferença temporal é escassa e qualquer gasto de energia a mais pode deitar tudo a perder. Para os fãs, foi um dia dececionante.
Geraint Thomas (INEOS) continua a liderar a classificação geral, com os nove primeiros postos intactos. Roglic permanece em segundo a 2 segundos e João Almeida é terceiro a 22 (é o líder da juventude).
O décimo da geral é Thibaut Pinot, que tudo fez para tentar a vitória. Não ganhou, mas passa a envergar a camisola de líder da montanha, uma classificação que passa a liderar com quatro pontos de vantagem sobre Davide Bais.
A etapa deste sábado terá 194 km e ligará Sierre a Cassano Magnano. Inclui uma subida de primeira categoria na parte inicial - Passo del Sempione - de 19,9km a 6,6%, que pode ser importante para uma fuga.