Os protestos a favor da Palestina e contra a participação da equipa Israel-Premier Tech voltaram a condicionar uma etapa da Volta a Espanha. Nesta 16ª jornada, foi necessário encurtar os 8 km finais, subtraindo a subida ao Alto de Castro de Herville, de segunda categoria.
Egan Bernal e Mikel Landa estavam na dianteira da corrida, após entrarem na fuga do dia, e quando os organizadores receberam informações de que os protestos na meta estavam bastante inflamados, decidiram encurtar a jornada.
Foi um momento surreal, mas foi a decisão encontrada pelos organizadores para evitar que os ânimos se exaltassem.
Bernal conseguiu a terceira vitória esta temporada e a terceira numa Grande Volta. É também a primeira vitória no WorldTour após o grave acidente que sofreu em Janeiro de 2022, no qual esteve às portas da morte.
Brieuc Rolland (Groupama-FDJ) cortou a meta a 7 segundos e Clément Braz Afonso (também da Groupama) foi quinto. Este ciclista esteve na fuga com Bernal e Landa, mas furou.
Os favoritos cortaram a meta a quase seis minutos. Todos, excepto Felix Gall, que perdeu tempo, fruto do ritmo imposto pela Bahrain Victorious na subida ao Alto de Prado, caindo para o sexto lugar da geral.
Jonas Vingegaard continua a liderar, com João Almeida em segundo lugar a 48 segundos e Tom Pidcock em terceiro, a 2m38. Jay Hindley é quarto, a 3m10 e Giulio Pellizzari é quinto a 4m21.
Amanhã a 17ª etapa vai ligar O Barco de Valdeorras ao Alto de El Morredero (143,2 km), com uma chegada em alto que este ano terá de ser subida por uma vertente inédita bastante dura (8,8 km a 9,7% de desnível médio, e com rampas que chegam aos 16%). Embora a etapa não tenha muita dureza na parte inicial, a parte final será apta apenas para os melhores trepadores.
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