Competição

DSM-firmenich fecha com chave de ouro primeira etapa do Tour

Bardet e Van den Broek (Team DSM-Firmenich PostNL) mostraram que é possível ganhar mesmo quando todos apostam contra eles. O francês é o primeiro camisola amarela no seu último Tour. 

REVISTA CICLISMO A FUNDO / EFE. FOTOS: SPRINT CYCLING AGENCY

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DSM firmenich fecha com chave de ouro primeira etapa do Tour

O francês Romain Bardet (Team DSM-firmenich PostNL) ganhou a primeira etapa da Volta a França, com a preciosa ajuda do seu colega de equipa Van den Broek. Esta jornada de 206 km entre Florença e Rimini foi atípica e nenhum dos favoritos atacou, mas alguns ciclistas passaram dificuldades devido ao calor e ao acumulado de subida. 

 

Após uma fuga que foi perdendo elementos, o duo da DSM formado por Bardet e pelo neerlandês Frank Van den Broek conseguiu chegar à meta, contrariando todas as probabilidades. Incrédulos, cortaram a linha de meta e abraçaram-se, apercebendo-se do feito que tinham acabado de fazer. 

No seu último Tour, Bardet - que tem no currículo dois pódios na Volta a França - nunca tinha tinha vestido a camisola amarela. Hoje concretizou esse sonho, aos 33 anos, com a preciosa ajuda do seu companheiro de equipa e de fuga.

O pelotão tentou apanhar o duo, mas foi impotente. Wout van Aert chegou passados cinco segundos, seguido de Tadej Pogacar.

Visivelmente emocionado, Bardet agradeceu o trabalho dos seus colegas e, tendo em conta que nenhum francês vestia a camisola amarela desde 2021 (Alaphilippe), confessou que envergar essa camisola é um sonho antigo: "É impressionante, foi um sonho. Ainda por cima ganhei com o meu colega Van den Broek. Não tenho palavras, perseguia este sonho desde que comecei no mundo do ciclismo".

DIA DE FUGAS

Este primeiro dia do Tour teve no total sete subidas o que, à priori, poderia ser ideal para ciclistas aventureiros ou imprevisíveis, como Rui Costa. No entanto, os 37 graus de temperatura e os 3.800 metros de acumulado não permitiram grandes veleidades.

A primeira fuga ocorreu logo após o pelotão abandonar a capital toscana. O espanhol Raúl García Pierna (Arkéa) foi o primeiro a atacar, mas foi incapaz de acompanhar a fuga definitiva que era composta por nove ciclistas.

Um dos homens da fuga era Ion Izagirre Cofidis), que está a correr na Volta a França com uma costela partida. O basco liderou a primeira subida, Valico Tre Faggi (12,5 km a 5,4%), bem como a segunda, convertendo-se no primeiro líder virtual da montanha.

Mas uma queda fez com que o seu sonho de arrecadar a camisola dos pontos se esfumasse. Ficaram na frente de corrida Madouas, Gibbons, Bardet, Van der Broek e o norueguês Abrahamsen, que passou a liderar a classificação da montanha ao chegar na frente no alto de Carnaio e Barbotto. 

O pelotão principal rolava calmamente, sendo liderado pela Visma. Tudo aparenta que Jonas Vingegaard está em boa forma, pelo menos hoje não deu sinais de debilidade. A 50 km da meta ficaram na dianteira Bardet e o seu colega de equipa. 

O francês, segundo no Tour de 2016 e terceiro no de 2017, tinha a oportunidade de vestir pela primeira vez a camisola amarela na sua última presença no Tour, já que anunciou a sua retirada no final da temporada.

No grupo dos favoritos, ninguém atacava. Só a Lidl-Trek, que via o duo da DSM perigosamente fresco, tentou aumentar o ritmo para provocar um sprint final com Pedersen. A 4,5 km da meta, a vantagem do duo diminuía drasticamente e era de apenas meio minuto. 

A 1 km da meta o pelotão já via os dois ciclistas que estavam na dianteira e tudo tentaram fazer para os apanhar, mas a valentia de Bardet e Van den Broek deu resultado. Foi um final emocionante, tirado a ferros, mas digno de uma grande etapa.

Com esta vitória, Bardet concretizou um sonho e soma a sua quarta etapa na Volta a França. 

Neste domingo o pelotão vai enfrentar a segunda etapa ainda em solo italiano, entre Cesenativo, localidade natal do inesquecível Marco Pantani, e Bolonha (199,2 km). 

 

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