Qualquer fã do motociclismo conhece a Yamaha, uma marca que conta com um historial impressionante repleto de êxitos em todas as disciplinas em que competiu. Muitos não sabem, mas a marca japonesa foi pioneira no segmento dos motores para bicicletas elétricas (na revista E-BIKE escrevemos um artigo sobre este tema) há mais de 30 anos, sendo o fornecedor de marcas como a BH, Giant, entre outras.
Em 2023, o projeto Switch ON da Yamaha vai crescer em toda a Europa, com o lançamento de três produtos, uma bicicleta de cidade, a Crosscore RC, uma BTT, a Moro 07, e esta Wabash RT de gravel. O conceito criado pela marca de Iwata baseia-se na formação de um conjunto de concessionários oficiais da marca (em toda a Europa serão 800) onde será possível ver, testar e fazer a manutenção de qualquer uma destas novas bicicletas Yamaha, apesar de a compra ter de ser feita no site https://www.yamaha-motor.eu, podendo depois o produto ser recolhido num concessionário da marca ou em casa.
Os três modelos chegam ao mercado no início de 2023, com um objetivo inicial prioritário, que é chegar a todos os clientes da Yamaha, numa primeira fase, e é por isso que os concessionários que aderirem a este projeto terão a denominação Y.E.E.C. (Yamaha Ebike Experience Center), dado que serão um ponto com serviço pós-venda devidamente formado e com staff profissional que atenderá a todas as necessidades dos clientes da marca.
A Wabash RT tem um quadro fabricado em alumínio Twin Tube e a bateria está alojada no tubo diagonal, protegida por uma tampa de plástico. É possível carregar a bateria sem ter de a retirar da bicicleta, através de uma entrada localizada na parte superior esquerda do quadro. No entanto, se preferirmos, podemos retirar a bateria e recarregar em casa.
O quadro tem roscas para colocar bases para alforges ou bolsas, tal como a forqueta e, claro, inclui furações para porta-bidons e espaço suficiente para bidons de grande volumetria, o que é ideal para bikepacking. Também inclui um espigão de selim telescópico Limotec com 40 mm de curso no tamanho S e com 60 mm nos tamanhos M e L.
A transmissão e os travões são de origem japonesa. Falamos do grupo Shimano GRX de 11 velocidades, uma excelente escolha e em termos de pneus a Yamaha escolheu os Maxxis Rambler 700 x 45c, o que permite rolar com algum amortecimento adicional. O peso da Wabash RT ronda os 21 kg.
A bateria de 500 Wh também é fabricada pela Yamaha, tal como toda a parte eletrónica que coneta a bateria com o motor. Toda a interconexão, firmware e software, foi desenvolvida pela própria marca, para um desempenho máximo, sem falhas e com uma gestão otimizada do consumo da bateria.
O motor é um Yamaha PW-ST que tem 70 Nm de torque, com uma entrega de potência muito natural. A gestão dos modos de assistência é feita num display localizado na parte esquerda do guiador, no qual temos acesso a informação sobre o nível da bateria e o nível de assistência utilizado, conta-km parcial, total e ainda um botão que parece desenhado para eventualmente incluir no futuro luzes integradas.
UMA BATERIA MUITO PORTÁTIL
Simplicidade e rapidez
Se formos fazer uma viagem por etapas e precisarmos de levar a bateria para o quarto de modo a carregá-la, o processo é muito prático. Na parte superior, por cima do motor, há uma tampa de borracha que cobre a fechadura que permite libertar a bateria. Com um simples click esta fica solta e podemos retirá-la facilmente. A Yamaha também possui na sua lista de produtos uma mochila com um compartimento especial para poder levar a bateria.
CONTROLO TOTAL
Os quatro modos de assistência podem ser geridos a partir dos dois botões principais e ainda possui um modo "WALK" em caso de ser necessário empurrar a bicicleta. Destacamos, contudo, o modo automático, que pode ser ativado ao carregar no botão "+" e que dá mais ou menos potência em função do percurso.
Em andamento, a Wabash RT coloca-nos numa posição de condução bastante erguida, confortável e é muito fácil chegar ao limite de 25 km/h em percursos simples. Aqui, o motor PW-ST tem uma transição bastante suave para evitar que passar desta velocidade pareça que estamos a enfrentar um muro (ao cortar a assistência no limite legal de velocidade).
O motor Yamaha PW-ST mantém o mesmo ímpeto das versões anteriores, ou seja, quando pousamos o pé no pedal, os sensores detetam automaticamente que queremos continuar o andamento, e essa é uma das principais diferenças face à concorrência.
Na curta apresentação que tivemos a oportunidade de assistir, percorremos uma distância de 40 km na provincia de Girona (Espanha) e no nosso caso chegámos ao fim com cerca de 85% de bateria disponível, num percurso com pouco desnível e alternando os diferentes modos de assistência, pedalando em grupo a um ritmo suave.
Poderás saber mais informações em: https://www.yamaha-motor.eu.