A União Ciclista Internacional (UCI) poderá instaurar a partir de 2020 um salário mínimo para as mulheres, que poderão formar uma divisão de categoria World Tour, como já existe no pelotão masculino. A ideia que já está a ser trabalhada na UCI poderá entrar em vigor em 2020, sendo uma normativa que já existe no pelotão masculino há 15 anos e que foi reavaliada quanto ao valor mínimo auferido, passando para os 30.839 euros.
De momento a quantia do salário mínimo feminino ainda não foi fixada, mas no início será baixo e a sua evolução dependerá do crescimento económico do ciclismo feminino na sua categoria máxima e das receitas provenientes dos patrocinadores e direitos televisivos.
O ciclismo feminino olha com bons olhos o progresso que outros desportos têm tido. O futebol é um desses exemplos e atualmente desfruta de uma expansão que parece imparável. Atualmente 7% dos jogadores profissionais no mundo são mulheres. Em França o número de licenças supera as 160.000, enquanto na Alemanha situa-se em 1 milhão. Em Espanha o futebol feminino tem crescido a passos largos e já soma 874.093 jogadoras e técnicas.
Embora a professionalização do futebol feminino tenha nascido nos Estados Unidos, o modelo francês fez com que as suas futebolistas sejam as mais bem pagas do mundo com um salário mínimo de 42.000 euros (anuais). Os maiores ordenados no desporto feminino profissional são auferidos na liga de basquetebol WNBA norte americana, mas a anos luz dos valores da NBA masculina. As mulheres ganham em média 68.000 euros e no mínimo 36.000, enquanto os homens auferem 5.7 milhões de dólares por época.