1. ATZ (ano: 1991)
Quando o BTT se estava a expandir por todo o mundo como uma corrente imparável, na Europa algumas empresas começaram a desenhar sistemas de amortecimento alternativos aos provenientes dos EUA. Marcas como a Cilo ou posteriormente a Peugeot abraçaram o desenho da ATZ, baseado em paralelogramas para as duas rodas, e que pudemos ver utilizadas por vários corredores europeus nas primeiras provas de downhill, como o carismático Philippe Perakis.
2. Muddy Fox Concept (ano: 1994)
A Muddy Fox foi uma marca inglesa na vanguarda da tecnologia no início dos anos 90 e que surpreendeu com este protótipo que antecipava uma maneira de abordar as suspensões alternativa às suspensões telescópicas. Posteriormente vimos desenhos semelhantes da BMW e de outras marcas.
3. GT Gear Box (ano: 1997)
O design ao estilo motocross da Gear Box escondia uma caixa de velocidades integrada no pivot do amortecedor, uma tendência que esteve em alta durante vários anos em bicicletas destinadas ao downhill e que procurava minimizar a interação da transmissão e da suspensão.
4 Cannondale Triple Gear (ano: 1997)
A Cannondale desenvolveu este desenho com três correntes e quatro pratos procurando também um amortecedor que não influenciasse a pedalada e vice versa. Esta bicicleta chegou a ser utilizada pela equipa de downhill da marca, com Missy Giove e Myles Rockwell como atletas principais.
5. Klein Mantra (ano: 1998)
A Klein Mantra reflete a evolução dos amortecedores após a proliferação dos sistemas de triângulo traseiro unificado. Este sistema tornava evidente que não estávamos a falar de um amortecedor que exercia influência nas duas rodas, mas sim de uma "suspensão total no eixo traseiro". A história não seguiu este caminho.
6. Cannondale Lefty (ano: 1999)
A maioria das bicicletas e suspensões que aparecem neste artigo acabaram por ser abandonadas. Não é o caso da Cannondale Lefty, um desenho monobraço que continua plenamente ativo com a nova Lefty Oito e que em 1999 provocou um enorme turbilhão na indústria. Na altura todos nós nos perguntávamos: Como é que é possível?
7. Marzocchi RAC (ano: 2001)
Se uma suspensão criou grandes expetativas no início do século XXI, essa foi a RAC da Marzocchi. As siglas significam Reverse Advanced Composite, e foi a primeira suspensão de carbono invertida, que contava com 100 mm de curso, barras de 30 mm e pernas de carbono fabricadas pela Easton. Usava um eixo de 20 mm e o seu peso rondava os 2 kg. Custava na altura 1.000 euros.
8. Specialized Epic (ano: 2003)
A Epic e o seu sistema Brain romperam os moldes logo na sua primeira versão e começaram uma evolução que ainda hoje perdura. A incorporação de uma válvula de inércia no circuito hidráulico fazia com que o amortecedor se adaptasse ao terreno, um autêntico cérebro que foi "aprendendo" mais e mais ao longo dos anos.
9. Honda RN01 (ano: 2003)
A Hondra criou a RN01, uma bicicleta específica para DH nesta versão protótipo, que nunca chegou a ser comercializada. Esteve em competição até 2007 na equipa Honda G Team, com Greg Minnaar, Matti Lehikoinen e Brendan Fairclough. Aparte do chassis e da suspensão invertida, montava uma transmissão integrada de 7 velocidades numa caixa de velocidades central, cujo interior ainda hoje se mantém em segredo. Pesava menos de 17 kg.
10. Maverick-Klein Palomino (ano: 2003)
Este sistema alberga o eixo do pedaleiro no braço basculante e não no quadro, o que melhorava consideravelmente as capacidades em termos de pedalada (tensão nula da corrente no amortecedor), mas provocava algum desconforto pela oscilação (para cima e para baixo) dos cranques. A Maverick foi uma marca inovadora, fundada por Paul Turner, o qual trabalhou na RockShox, e foi ele que cedeu a licença à Klein para utilizar o seu sistema Monolink na Palomino. A marca desapareceu no mercado em 2009.
11. Lauf (ano: 2015)
Este conceito de suspensão, oriundo da Islândia, combinava o novo com o antigo. Trata-se de um design simples, livre de manutenção, leve e rígido, o qual utiliza o avanço tecnológico dos materiais, combinando a fibra de carbono na estrutura da suspensão e umas lâminas de fibra de vidro responsáveis pelo caráter elástico ao amortecimento. Com muito engenho e desenvolvimento, a marca encontrou uma alternativa para as suspensões de pouco curso, com um campo de ação muito amplo em fatbikes ou em bicicletas que requerem solidez, fiabilidade e um apoio extra ao amortecimento já proporcionado pelas rodas de grandes dimensões.
Outras suspensões que romperam os moldes tradicionais:
Trek 9000 1992
Manitou FS 1992
San Andreas 1992
Specialized FSR 1993
GT RST-1 1993
Diamond Back Dual Response 1993
JJ Cobas FS 1993
GT LTS Termoplástico 1996
Trek Y33 OCLV
Proflex 1997
Cannondale Super V Raven 1997
Giant NRS XTC Team 2001