De forma inesperada, o ciclista Rafael Silva (Efapel Cycling) colocou um ponto final na sua carreira desportiva. Segundo o próprio, após ponderação e com grande tristeza, colocou um ponto final na sua carreira "de cabeça levantada e de consciência tranquila".
Num comunicado publicado nas redes sociais, faz questão de salientar que escolheu sair, para não prejudicar a atual equipa. Em causa está uma notificação da Autoridade Antidopagem de Portugal no âmbito de um processo por eventual uso de métodos proibidos, tendo como base uma amostra colhida em 2015 (na altura representava a Efapel, mas a estrutura não era a atual).
O ciclista natural de Vila Nova de Gaia faz questão de salientar que nunca agiu de forma a pôr em causa a verdade desportiva e questiona a validade desta decisão da ADOP: "A decisão desta autoridade decorre do parecer de um painel de peritos que, sem avançar certezas, conclui pela probabilidade de uso de métodos proibidos".
O ciclista de 33 anos refere ainda que deve imperar a presunção de inocência e que na dúvida, quem julga deve pronunciar-se de forma favorável ao arguido. Além disso, no comunicado publicado Rafael Silva diz que poderia reagir, mas, embora ciente da sua inocência, não vai "atacar a decisão da Autoridade Antidopagem de Portugal".
Nas redes sociais, o ciclista diz que recebeu do seu diretor desportivo (José Azevedo) apoio e confiança, dando-lhe liberdade para decidir o que fazer. Destaca ainda o facto de que nunca teve nenhum resultado anómalo nos controlos antidoping.
E termina dizendo que "não sei porquê, fui empurrado para o precipício sem explicações".