O escândalo que envolveu a equipa de ciclismo W52-FC Porto e que terá ramificações que ultrapassam os meandros da equipa (as investigações da Polícia Judiciária não se restringem somente à estrutura) tem tido desenvolvimentos. E enquanto o processo criminal continua com as devidas diligências que demoram o seu tempo, o processo desportivo está quase terminado.
Lembramos que o processo "Prova Limpa" é extenso e não envolve apenas os ciclistas da W52-FC Porto, mas também elementos do staff e pessoas alheias à estrutura azul e branca como por exemplo o Master Marco Magalhães (posse de substância proibida), Daniel Freitas, na altura ciclista da Radio Popular-Paredes-Boavista, entre outros.
Joni Brandão foi agora suspenso por seis anos pela Autoridade Antidopagem de Portugal, ou seja, até 14 de Julho de 2028, por posse de substância proibida e método proibido. Segundo o site da ADOP, estas são as substâncias em causa: Genotropim, Insulina, Menotropina e Menopur.
O alegado esquema de dopagem era de tal forma abragente que foram constituídos arguidos pelo Ministério Público e Polícia Judiciária José Fernandes, Samuel Caldeira, Daniel Mestre, Rui Vinhas, Ricardo Mestre - todos eles com três anos de suspensão -, José Gonçalves (por quatro anos) e João Rodrigues (por sete anos).
Amaro Antunes recebeu por parte da UCI uma sanção de quatro anos por uso de substâncias e métodos proibidos.
Ainda no âmbito disciplinar sob alçada da Federação Portuguesa de Ciclismo, o mecânico Nuno Vinhas (irmão de Rui Vinhas) foi ilibado, enquanto os processos de Nuno Ribeiro, José Rodrigues (ambos na altura eram os diretores desportivos), do mecânico Nelson Rocha e do ciclista Jorge Magalhães encontram-se em análise.