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Garmin sofreu um ciberataque

A empresa de dispositivos GPS estava bloqueada desde a passada quinta feira devido a um ciberataque. Os hackers pediram 8,5 milhões de euros para devolver o controlo.

Carlos Pinto

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Garmin sofreu um ciberataque

Desde a passada quinta feira, quando a App Garmin Connect começou a mostrar problemas devido a uma suposta quebra de serviço, que houve uma autêntica reviravolta dentro da própria Garmin. Horas mais tarde, os servidores da empresa não mostravam nenhuma atividade e mesmo os responsáveis da marca pensaram tratar-se de um bug. Quando repararam que as contas de email estavam bloqueadas, aperceberam-se de que o problema era mais sério do que parecia, pelo que decidiram inclusivé parar as linhas de produção em Taiwan durante mais de 48 horas.

Embora se desconheça a autoria do ataque informático, sabe-se que se trata de um ciberataque ransomware denominado WastedLocker, no qual os ficheiros armazenados nos servidores não foram apagados, mas sim bloqueados através de encriptação. Para libertar estes dados, os hackers pediram 8,5 milhões de euros, um valor que a Garmin não estava disposta a pagar, segundo o responsável de cibersegurança da Garmin, Alfredo Reino: "não estamos dispostos a pagar. Em primeiro lugar, por falta de garantia de que os criminosos vão cumprir a sua palavra; em segundo lugar para não validar um modelo de negócio criminoso".

Além do controlo do exercício físico ou funções como o GPS dos dispostivos Garmin focados no desporto, outros serviços da empresa ficaram interrompidos, como é o caso dos serviços de aviação, presentes sobretudo em aeronaves privadas ou de recreio, os quais não podem atualizar as bases de dados de navegação sendo este um requisito indispensável pela FAA para voar.

Nas últimas horas a Garmin começou a recuperar o controlo de algumas das suas funções, e já é possível transferir os treinos a partir dos dispositivos, além de ter garantido que os dados pagos (ou pessoais) não estiveram vulneráveis.