A FPC e a MUBi reiteraram as vantagens para a qualidade de vida nas cidades e para a saúde das pessoas da aposta na mobilidade ativa. As duas entidades lembraram que o estímulo à mobilidade em bicicleta reduz o sedentarismo e estimula a atividade física regular, além de contribuir para uma redução efetiva de emissões poluentes. Todos estes fatores contribuem para uma melhor saúde e para a desoneração do Serviço Nacional de Saúde.
A FPC e a MUBi também vincaram a necessidade de serem criadas condições para a intermodalidade envolvendo a bicicleta e os transportes públicos. Para isso é urgente criar condições para que seja possível transportar a bicicleta em todos os comboios, assim como a criação de parques seguros para bicicletas junto aos terminais de transportes públicos e em vários locais das cidades.
Os mecanismos de apoio à mobilidade elétrica devem ser extensíveis às bicicletas, incluindo às elétricas, de modo a dar mais um passo no sentido de uma mobilidade sustentável e respeitadora do princípio de que os espaços públicos devem ser sobretudo das pessoas e não dos veículos motorizados.
A FPC e a MUBi também recordaram ao Governo que não é suficiente o investimento em construções - de ciclovias e de outras infraestruturas -, sendo essencial investir na formação, pois importa mudar comportamentos quanto à bicicleta.
Para Sandro Araújo, Vice-Presidente da FPC, “a aposta nos modos de transporte ativos está a crescer, com enormes vantagens para a sociedade. Os diferentes usos da bicicleta, em contexto quotidiano, recreativo e desportivo, devem ser potenciados, equilibrando o investimento em infraestruturas com incentivos à mudança de comportamentos.”
Rui Igreja, da Direção da MUBi, realça que “Portugal necessita de uma estratégia nacional para a mobilidade em bicicleta, que aborde de forma integrada questões como as infraestruturas para circulação e de apoio à utilização da bicicleta, qualidade do espaço urbano, segurança rodoviária, intermodalidade com os transportes públicos, incentivos à utilização da bicicleta, educação para a mobilidade sustentável, mudança de comportamentos, formação de técnicos, entre outras.”