A cadeia de fornecimento de componentes para a produção de bicicletas, vestuário e acessórios já começou a sofrer atrasos a nível mundial. Apesar de o setor de ciclismo ter elaborado uma pré-encomenda antecipando as férias da entrada no Novo Ano chinês, a verdade é que a manutenção do nível de alerta epidémico em muito elevado tem complicado a produção, sobretudo na China e países limítrofes.
Todavía, também a Europa já começa a sentir os efeitos do decréscimo de produção na China pois uma parte significativa dos componentes é originária deste país. As empresas europeias que têm maiores reservas de stock poderão ter margem para algum tempo, mas aquelas que recebem frequentemente stocks originários da Ásia já estão a começar a sentir uma interrupção no fornecimento.
No caso Europeu, que detém alguns clusters ligados ao setor das bicicletas - no caso nacional existe em Águeda o Portugal Bike Value - a situação não é ainda alarmante, e a maior preocupação prende-se sobretudo com o transporte de mercadorias oriundas da China.
Falámos também com Joaquim Carvalho, da Sociedade Comercial do Vouga, a empresa que distribui - entre outras marcas de renome - a Shimano, o qual salientou que "por enquanto a situação está controlada." Este responsável referiu ainda que se a situação do virús não se prolongar muito mais tudo deverá voltar ao normal em breve.