A marca suíça de vestuário de ciclismo Assos esteve presente no nosso país, tendo organizado, pela primeira vez em solo lusitano, um evento exclusivo denominado Assos Speed Club. No fundo, este evento pretendeu juntar clientes, fãs da marca e alguns dos responsáveis da empresa que gere o mercado na Península Ibérica, a Bike Office. A logística esteve a cargo da Lisbon Bike Shop, uma loja que recebeu os maiores elogios por parte dos responsáveis da marca - nomeadamente Eric Sartor - que considerou ser um exemplo a seguir. Aliás, Paulo Nogueira, o responsável por este espaço lisboeta, fez questão de salientar a sua ligação à Assos, bem como o facto de ter sido a única loja portuguesa convidada para a apresentação da marca na sua sede.

O dia tinha acordado enublado, mas não choveu, o que ajudou a manter as expetativas elevadas. Findas as formalidades, iniciámos as pedaladas rumo a Monsanto. O grupo mantia-se compacto, até por uma questão de segurança, sempre com uma viatura na dianteira, por precaução. Rumámos depois em direção a Algés, onde iríamos entrar na Avenida Marginal, o que nos permitiu atingir velocidades acima dos 38 km/h, fruto do pouco desnível. O grupo foi sendo controlado pelos guias, seguindo em fila indiana para não obstruir o trânsito. Foi num ápice que chegámos a Cascais, a qual foi recentemente asfaltada na zona da baía, mas não perdemos tempo, pois tínhamos de seguir viagem. Esperávamos vento na estrada do Guincho, mas tivemos a sorte do nosso lado pelo que conseguimos rolar a boa velocidade nesta espetacular zona da nossa costa.


CURIOSIDADE
Sabias que a Assos foi a primeira marca a produzir calções de licra? E que o seu fundador, Toni Maier, conheceu Joaquim Agostinho? Tivemos a oportunidade de visitar a sede da Assos em 2012, onde o entrevistámos e passámos horas a falar de Agostinho e do ciclismo português. Maier falou carinhosamente daquele que ainda é considerado por muitos o melhor ciclista português de todos os tempos: "O Agostinho era temível. Era uma força da natureza...
Na altura estávamos numa fase do ciclismo em que nos apercebíamos que no ciclismo os músculos não eram necessariamente uma coisa boa, pois nas subidas significavam peso a mais que tínhamos de transportar, sobretudo porque as etapas todas excediam os 220 km. Mas o Agostinho, com aqueles «troncos», aquelas pernas cheias de músculos, metia-nos medo. Quando víamos o "português" a chegar ficávamos apreensivos..."