No dia 5 de Julho arranca a principal prova de ciclismo da temporada, a Volta a França, e todos aguardam com expetativa o resultado final, dado que o pelotão presente tem um nível qualitativo mais elevado das últimas décadas.
Obviamente o grande favorito é o esloveno Tadej Pogacar (vencedor de três edições desta prova), o qual terá grandes nomes a apoiá-lo como João Almeida, Adam Yates, Pavel Sivakov ou Tim Wellens.
No entanto, a equipa Visma-Lease a Bike vai levar um bloco fortíssimo bem como outro dos principais candidatos à vitória, o dinamarquês Jonas Vingegaard, que este ano vai participar totalmente recuperado das lesões que o afetaram no passado. Vingegaard pretende ganhar pela terceira vez esta competição.
Estas duas equipas serão as principais adversárias e será sobretudo na alta montanha que terão de demonstrar trabalho de equipa, capacidade de sofrimento e uma dose elevada de altruísmo.
Embora Pogacar e Vingegaard sejam os dois "extraterrestres" do Tour, tudo pode acontecer numa prova de três semanas e existe um conjunto de ciclistas que vão tentar surpreender e, quem sabe, chegar aos Campos Elíseos, em Paris, no pódio.
O belga Remco Evenepoel (Soudal-Quick Step) já recuperou da fratura à clavícula e pretende demonstrar que consegue aguentar o ritmo demoníaco que os dois favoritos mencionados anteriormente vão impôr na alta montanha, mas também tem um grande trunfo a seu favor: o contrarrelógio.
Primoz Roglic, o líder da Red Bull-BORA-hansgrohe, também se preparou afincadamente para o Tour e pretende ficar num dos lugares do pódio.
Mas Roglic não terá vida fácil, dado que João Almeida, embora tenha de trabalhar para o seu chefe de fila (Pogacar) nas duras jornadas de alta montanha, não vai certamente deixar de lado a hipótese de ficar bem classificado nessas etapas, lutando por um lugar na classificação geral. Do nosso ponto de vista, o luso é um dos ciclistas em melhor forma nesta fase da temporada e seria um desperdício "cortar as pernas " ao português, tendo em conta a possibilidade de ficar no pódio final.
Outro ciclista que também estava em grande forma era o equatoriano Richard Carapaz (EF Education EasyPost), vencedor da Volta a Itália deste ano, mas uma infeção gástrica fez com que tivesse de abdicar do Tour.
Uma das possíveis cartadas da Red Bull-BORA-hansgrohe é o jovem alemão Florian Lipowitz, sobretudo se Roglic falhar. Tem capacidade para ficar no top 5 pelo que tem demonstrado nos últimos tempos.
Quanto à luta pelas etapas, há vários ciclistas com potencial, como o italiano Filippo Ganna da Ineos Grenadier - sobretudo no contrarrelógio -, e o veterano Julian Alaphilippe da Tudor, especialista em fugas.
As chegadas ao sprint são o terreno predileto de homens como o belga Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck), o eritreo Biniam Girmay (Intermarché-Wanty) e Tim Merlier, belga da Soudal-Quick Step.
Quanto aos portugueses em prova, para além de João Almeida da UAE Emirates - XRG, por enquanto só está garantida a presença de Nelson Oliveira (Movistar), um dos ciclistas mais regulares do WorldTour e um trabalhador incansável.
Lembramos que o percurso da Volta a França 2025 será inteiramente em território francês e terá dois contrarrelógios, sete etapas em terreno plano, seis de média montanha e seis de montanha, com cinco chegadas em alto (Hautacam, Luchon- Superbagnères, Mont Ventoux, Courchevel Col de la Loze e La Plagne Tarentaise).
A apresentação oficial das equipas decorrerá na sexta feira em Lille e no sábado arranca a prova.
Que comece o espetáculo!