A primeira grande etapa de montanha do Tour encontrou um protagonista inesperado na figura de Giulio Ciccone (Trek-Segafredo), o jovem trepador italiano que passa a vestir de amarelo. Ciccone fez parte de uma fuga que se formou inicialmente com 14 ciclistas, e que no final ficou reduzida ao italiano e ao belga Dylan Teuns (Bahrain-Merida), vencedor de uma dura etapa (sete subidas e mais de 3.900 metros de desnível) que deixou mais sensações do que diferenças entre os líderes.
No duríssimo final em La Planches des Belles Filles (subida de 7 km a 8,7% com rampas até 24% nos metros finais) ganhou Teuns com 11" de vantagem sobre Ciccone. O italiano da Trek-Segafredo encontrava-se na geral a 1´43" de Alaphilippe, mas cortou a linha de meta com 1´35. Mas a esse tempo temos de acrescentar 6" de bonificação por ter sido segundo na meta e mais 8" por chegar primeiro a Col de Chevrères, de segunda categoria. Por isso vestiu de amarelo por somente 6" sobre o francês da Deceuninck-Quick Step, que hoje se defendeu melhor do que o esperado, chegando em sexto à meta.
Geraint Thomas (o melhor do grupo dos favoritos, após uma forte aceleração final) apresentou boas sensações e ganhou uma vantagem de 9" sobre o seu colega Egan Bernal, retomando a liderança da equipa. Também se mostraram em bom nível Thibaut Pinot - sério aspirante ao pódio - e Nairo Quintana, dos melhores entre os favoritos, bem como Mikel Landa, que atacou na parte final.
Rui Costa esteve no grupo dos favoritos a apoiar Fabio Aru e Daniel Martin, mas a subida de ritmo imposto pela Ineos - com Kwiatkowsky a debitar o máximo de watts que conseguiu - fez com que alguns ciclistas perdessem o comboio, entre eles Rui Costa e Alejandro Valverde. Mesmo assim, excelente trabalho do português da Emirates.
Por seu lado, Romain Bardet apresentou más sensações e perdeu mais de um minuto para os restantes favoritos, mas também Vincenzo Nibali, Enric Mas e Kruijwijk cederam tempo.
CLASSIFICAÇÃO DA 6ª ETAPA
CLASSIFICAÇÃO GERAL