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Tour Colombia: Molano ganha ao sprint, mas Urán recupera a liderança

O colombiano da UAE Team Emirates impôs-se num grupo com cerca de 50 unidades, sem os melhores sprinters, derrotando Alaphilippe, Diego Ochoa, Miguel Ángel López e Egan Bernal. Urán é o novo líder.

Revista Ciclismo a fundo Foto: Bettini Photo

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Tour Colombia: Molano ganha ao sprint, mas Urán recupera a liderança

 

Assinou há pouco tempo pela UAE Team Emirates, vindo da Manzana Postobon - equipa na qual obteve oito vitórias em 2018 - e já começa o ano a ganhar. O colombiano Juan Sebastián Molano já ganha no World Tour ao impôr-se ao sprint num grupo reduzido na terceira etapa do Tour Colombia (Llanogrande-Llanogrande, com 168 km).

Molano soube retirar vantagem do percurso complicado que contava com quatro voltas a um circuito de 42 km que incluía a subida ao Alto Nano (3,5 km a 5,5%), que sem ser excessivamente dura, acabou por eliminar, com as suas quatro ascensões e a altitude acima dos 2.350 metros, os restantes sprinters, deixando o grupo principal reduzido a cerca de 50 unidades e sem grandes rivais para o confronto final. Além disso, o abandono por doença do seu líder, Fernando Gaviria, para quem deveria trabalhar, deu-lhe liberdade para tentar ganhar.

Sem rivais de relevo para o sprint, Molano bateu na linha de meta Julian Alaphilippe, o seu compatriota Diego Ochoa (Manzana Postobon), e os também colombianos Miguel Ángel López e Egan Bernal. Richard Carapaz foi 9º e todos os favoritos entraram nesse grupo principal. 

O líder Álvaro Hodeg perdeu tempo na terceira das subidas ao Alto Nano, perdendo mais de dois minutos na meta, ficando assim sem a liderança da prova. Uma liderança que volta para as mãos de Rigoberto Urán (EF Education First), com o mesmo tempo dos seus companheiros de equipa Daniel Felipe Martínez e Lawson Craddock, com Julian Alaphilippe na quarta posição a 2". Egan Bernal e Jungels estão a 8" e Chris Froome está a 10". 

Gaviria abandona

Sem Fernando Gaviria na partida (uma infeção respiratória viral obrigou-o a abandonar a competição), a jornada começou com uma tentativa de fuga com ciclistas ilustres como Iván Sosa, Richard Carapaz, Miguel Ángel López ou Dayer Quintana, na primeira das quatro subidas ao Alto Nano. O pelotão não consentiu grandes veleidades e pouco depois - ao quilómetro 50 - formou-se nova fuga composta por Fabio Duarte (Medellín), William Muñoz (Coldeportes Bicicletas Strongman), José Castro (GW Shimano), Brayan Ramirez (Orgullo Paisa), Steven Cuesta (Deprisa Team) e Marvin Angarita (Colombia), que rapidamente alcançaram uma vantagem de relevo que chegou a ser de 4´30 no final da segunda volta. 

Steven Cuesta e José Castro perderam contato com a fuga, ficando na cabeça da corrida os outros quatro corredores (Duarte, Muñoz, Ramiréz e Angarita), mas a sua diferença face ao pelotão começava a decrescer, baixando de dois minutos ao entrar na última volta. Pouco antes, na terceira subida a Alto Nino, Álvaro Hodeg descaiu do grupo principal (tal como outros sprinters), exterminando assim a sua hipótese de revalidar a camisola de líder. 

A fuga acabou por ser apanhada a 20 km do final, na última subida ao Alto Nano e foi aí que foi feita a última seleção no grupo, ficando somente com 40 unidades. Na descida, Richard Carapaz tentou a fuga por diversas vezes, tal como Urán, Anacona, Álex Cano... Mas um ataque de Daniel Martinez, Sergio Luis Henao, Rodrigo Contreras e Cepeda puseram o grupo em cheque, mas acabaram por ser apanhados a 5 km do final. No último quilómetro Marc Soler tentou a sua sorte, mas a etapa acabou por ser decidida ao sprint. Deste modo, Juan Sebastián Molano, apenas com a oposição de Julian Alaphilippe, estreou a sua senda de vitórias como corredor World Tour. Dedicou a sua vitória ao seu companheiro Fernando Gaviria.