A tão aguardada apresentação da edição nº112 da Volta a França ficou marcada por um anúncio que deixou os fãs franceses visivelmente contentes. Todo o trajeto da prova será em solo francês, as etapas planas foram reduzidas ao mínimo, com poucos sprints e a média montanha será a protagonista. Será a primeira vez desde 2020 que a prova não começa em solo estrangeiro.
A prova decorrerá entre 5 e 27 de Julho, com partida em Lille e chegada nos Campos Elíseos, num total de 3.320 km. Terá seis etapas de média montanha, cinco chegadas em alto, dois contrarrelógios - um deles em cronoescalada - e inúmeras subidas pelo meio que, embora não pontuáveis, vão fazer estragos no pelotão.
Os ciclistas terão de atravessar o Maciço Central, os Pirenéus e os Alpes, com muita montanha.
Quanto às etapas planas, a ASO tem a noção de que os espectadores ficam aborrecidos e que as audiências televisivas baixam a pique, dado que todos sabem como vão terminar. Por isso, as equipas dos sprinters vão ter de trabalhar bastante dado que todas as jornadas terão montanhas pelo meio ou mesmo rampas com bastante inclinação para "apimentar" a corrida.
A travessia do norte para o noroeste tem cenários ideais para isto mesmo, com a Bretanha e a Normandia a serem os palcos de etapas que terão certamente muita história para contar. Depois, o pelotão irá dirigir-se para o centro do país, rumando para os Pirenéus e Alpes, onde a alta montanha será o denominador comum.
Logo a partir da segunda etapa existirão montanhas ou subidas inclinadas, incluindo o Muro da Bretanha.
Como não poderia deixar de ser, em Ruán será feita uma homenagem a Jacques Anquetil, tal como em Yffiniac - local onde nasceu Bernard Hinault - e em Saint-Méen-le-Grand será realizada uma partida especial, para homenager Louison Bobet, o primeiro ciclista a ganhar três edições do Tour.
A dureza marcará esta edição, com a subida ao Hautacam (13,6 km a 7,8% de pendente média) e com a cronoescalada a Peyragudes cuja parte final chega a 16% de inclinação!
A subida de Superbagnères será o culminar de um dia medonho, dado que os ciclistas primeiro terão de subir o Tourmalet, Aspin e Peyresourde.
Depois de um dia de descanso o pelotão vai entrar nos Alpes, com uma primeira chegada ao Mont Ventoux. Seguem-se três jornadas de montanha com duas chegadas em alto, com o mítico Col de la Lóze (26 km a 6,5%), embora antes o pelotão tenha de superar o Glandon e Madeleine.
Depois, na etapa 19, os ciclistas terão de enfrentar a subida de La Plagne (19,1 km a 7,2%), despedindo-se da alta montanha.
Antes de chegarem aos Campos Elíseos, os ciclistas ainda terão pela frente uma etapa de média montanha com chegada em Pontarlier, ideal para uma fuga.
ETAPAS DA VOLTA A FRANÇA 2025:
Etapa 1. 05/07 Lille - Lille 185 km
Etapa 2. 06/07 Lauwin-Planque - Boulogne sur Mer 212 km
Etapa 3. 07/07 Valenciennes - Dunkerque 178 km
Etapa 4. 08/07 Amiens - Rouen 173 km
Etapa 5. 09/07 Caen - Caen (CRI) 33 km
Etapa 6. 10/07 Bayeux - Vire Normandía 201 km
Etapa 7. 11/07 Saint-Malo - Muro de Bretaña 194 km
Etapa 8. 12/07 Saint-Méen-le-Grand - Laval 174 km
Etapa 9. 13/07 Chinon - Châteauroux 170 km
Etapa 10. 14/07 Ennezat - Le Mont Doré 163 1 km
5/07 Dia de descanso em Toulouse
Etapa 11. 16/07 Toulouse - Toulouse 154 km
Etapa 12. 17/07 Auch - Hautacam 181 km
Etapa 13. 18/07 Loudenvielle - Peyragudes (CRI) 11 km
Etapa 14. 19/07 Pau - Superbagnères 183 km
Etapa 15. 20/07 Muret - Carcasona 169 km
21/07 Dia de descanso em Montpellier
Etapa 16. 22/07 Montpellier - Mont Ventoux 172 km
Etapa 17. 23/07 Bollène - Valence 161 km
Etapa 18. 24/07 Vif - Col de la Loze 171 km
Etapa 19. 25/07 Albertville - La Plagne 130 km
Etapa 20. 26/07 Nantua - Pontarlier 185 km
Etapa 21. 27/07 Mantes-la-Ville - París 120 km