Num dia de muito calor, alinharam 52 corredores, para percorrerem 179,3 km na principal corrida. As três passagens pela meta, antes da chegada, propiciavam várias oportunidades para o público conseguir ver o pelotão passar.
A fuga do dia foi protagonizada por oito ciclistas, Ivo Oliveira (UAE Team Emirates XRG), Pedro Silva (Anicolor-Tien21), Gonçalo Leaça e João Medeiros (Credibom/LA Alumínios/Marcos Car), Joaquim Silva e Tiago Antunes (Efapel Cycling), Diogo Gonçalves (Feirense-Beeceler) e Bruno Silva (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua) que se destacaram ao quilómetro 47.
Pouco tempo depois, Hugo Nunes (Credibom-La Aluminios-Marcos Car), acabaria por se juntar na frente da corrida, seguindo-se César Fonte (Rádio Popular/Paredes/Boavista) e César Martingil (Tavfer/Ovos Matinados/Mortágua) que entraram logo após a primeira passagem pela meta, passando para onze unidades na frente da corrida.
O pelotão não deixava o grupo da dianteira aumentar muito a vantagem, o que fazia parecer que estaria tudo controlado.
As voltas foram passando e a vantagem na entrada da última volta era de 2m05s. Logo de seguida formou-se um trio na frente, composto por Ivo Oliveira, João Medeiros e Pedro Silva, os quais decidiram que era a hora certa para mexer na corrida. O grupo perseguidor com Hugo Nunes, Tiago Antunes, Diogo Gonçalves e Bruno Silva, colaborava para chegar à frente, mas parecia complicado. O pelotão, com poucas unidades, era liderado por Rui Costa, vencedor de 2024 e, ao contrário da maioria dos ciclistas, não dispunha de colegas para o ajudar. Como havia várias equipas representadas na frente, o pelotão acabou mesmo por desacelerar e perder a luta pela vitória.
A última subida fez a seleção final e deixou uma dupla na frente, pois João Medeiros não aguentava o ritmo. Foi um sprint a dois e, apesar de ter sido Pedro Silva a entrar na frente na última curva, foi Ivo Oliveira quem foi o mais forte em Ourém. O gaiense repetiu o triunfo de 2023, na altura em Mogadouro.
Apesar de João Medeiros (Credibom-La Aluminios-Marcos Car) ter sido o terceiro a cruzar a meta, viria a ser desclassificado por impulso irregular após um problema técnico, permitindo a Diogo Gonçalves (Feirense-Beeceler) subir ao terceiro lugar do pódio.
“Vinha a fazer a corrida para o meu irmão, era uma fuga dura, mas o objetivo era que o António e o Rui fossem ter à frente. Vinha com más sensações após a queda e, por isso, não colaborei tanto, tive que me defender como pude... Vinha com cãibras a faltar duas voltas, estava vazio e com dificuldades em ir na roda, se o Pedro tivesse atacado provavelmente teria ficado para trás”, referiu o novo campeão nacional de elite.